Em Errotxapea, manifestação põe fim a jejum a favor dos direitos dos presos
O colectivo de presos e presas políticas bascas iniciou em 2010 uma dinâmica de luta com carácter permanente, para exigir que se ponha fim à constante violação dos seus direitos.
As manifestações de solidariedade nas ruas não param, e em Errotxapea (Iruñea) habitantes deste bairro, do bairro da Txantrea e das localidades de Burlata e Atarrabia (arredores de Iruñea) levaram a cabo um jejum entre sexta-feira e domingo. O motivo prende-se com o facto de quatro dos seus conterrâneos presos - Jon Rubenach, Iñaki Iribarren, Ugaitz Astiz e Mikel Almandoz - estarem a fazer uma greve de fome por tempo indefinido nas prisões francesas. «O Estado colocou o colectivo de presos e presas no centro da sua estratégia repressiva, deixando às claras qual é a sua resposta à solução do conflito político que sofremos em Euskal Herria, atacando assim o sector mais vulnerável, as pessoas que se encontram encarceradas e dispersas a centenas de quilómetros das suas casas», denunciam num comunicado os grevistas.
As manifestações de solidariedade nas ruas não param, e em Errotxapea (Iruñea) habitantes deste bairro, do bairro da Txantrea e das localidades de Burlata e Atarrabia (arredores de Iruñea) levaram a cabo um jejum entre sexta-feira e domingo. O motivo prende-se com o facto de quatro dos seus conterrâneos presos - Jon Rubenach, Iñaki Iribarren, Ugaitz Astiz e Mikel Almandoz - estarem a fazer uma greve de fome por tempo indefinido nas prisões francesas. «O Estado colocou o colectivo de presos e presas no centro da sua estratégia repressiva, deixando às claras qual é a sua resposta à solução do conflito político que sofremos em Euskal Herria, atacando assim o sector mais vulnerável, as pessoas que se encontram encarceradas e dispersas a centenas de quilómetros das suas casas», denunciam num comunicado os grevistas.
Mais punições aos presos
À estratégia de dispersão que começou há já 20 anos, foram juntando «novas formas de ataque» ao colectivo, procurando assim «debilitar e isolar» os presos e as presas. Entre essas medidas destacam-se a aplicação da Doutrina Parot, «uma verdadeira pena perpétua disfarçada em forma de lei», as constantes transferências de prisão, anos em módulos de isolamento, tareias, constantes limitações às comunicações, mantendo nas prisões presos e presas com doenças graves ou incuráveis, restringido o direito ao estudo, proibindo o acesso a qualquer serviço nas prisões...
«Não contentes com os ataques constantes ao colectivo, agora decidiram arremeter contra os familiares e os amigos dos presos e presas», que agora se vêem sujeitos a inspecções físicas para poderem exercer o direito a visitar os seus seres queridos nos conhecidos encontros. «É uma outra forma de punição para humilhar mais ainda todas essas pessoas que um fim-de-semana após outro percorrem a geografia espanhola para poder levar todo o seu carinho aos presos e às presas. Rubalcaba decide numa secretária o futuro deste povo e dos seus cidadãos/ãs e as Instituciones Penitenciarias acelera essa decisão na forma da violação dos mais elementares direitos», acrescentam.
400 pessoas na manifestação
Por tudo isso, o colectivo de presos e presas políticas bascas decidiu dar uma nova intensidade à luta constante que têm mantido ao longo destes anos. Para exigir os seus direitos, estão a levar a cabo numerosas mobilizações em todas as prisões espanholas e francesas. Começaram em Janeiro com greves de fome semanais e prosseguiram com outras mobilizações no interior das prisões.
O jejum solidário terminou com uma manifestação em que participaram cerca de 400 pessoas e que percorreu os bairros de Errotxapea e da Txantrea.
É de salientar que os grevistas foram acossados pela Polícia Municipal. Quatro patrulhas deste corpo entraram na igreja onde estavam a fazer o jejum. Os polícias procederam à identificação das pessoas que participavam na iniciativa solidária e retiraram dali todas as faixas onde se dava informação sobre a dinâmica de luta que as prisioneiras e os prisioneiros políticos bascos começaram em Janeiro.
Fonte: apurtu.org
Em Zizur, ameaçam um ex-preso uma semana depois de sair da prisão
Apareceram inscrições ameaçadoras contra Eder Ariz, ex-preso de Zizur Nagusia (Nafarroa), num muro da sua casa. Numa lê-se «Eder muerete» e noutra «Puta ETA». O ataque ocorreu uma semana depois de ter saído em liberdade (após o cumprimento de 5 anos de prisão), no dia em que lhe foi prestada uma pequena homenagem e se celebrava o Amnistiaren Aldeko Eguna [Dia pró-Amnistia]. Ariz foi detido em Março de 2005 acusado de ser militante da ETA pela Guarda Civil. Denunciou ter sido torturado, mas, mesmo assim, foi-lhe dada ordem de prisão. Depois, conheceria a realidade da dispersão, até ter sido libertado no dia 13 deste mês, deixando para trás a prisão de Foncalent.
Fonte: apurtu.org