sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A esquerda abertzale exige ao PP que acabe com os julgamentos políticos

Representantes da esquerda abertzale deram uma conferência de imprensa em Bilbo, acompanhadas pelas pessoas imputadas no processo contra a D3M e o Askatasuna e que vão ser julgadas na Audiência Nacional espanhola a partir de 30 de Abril. Não se esqueceram de Aitor Liguerzana, jovem alavês que continua na prisão depois de ser detido numa operação contra jovens independentistas.

Maribi Ugarteburu e Arantza Urkaregi consideram «bastante grave» que neste «novo tempo político» treze pessoas vão ser julgadas por «articular uma proposta eleitoral a favor de um processo de soluções, e tendo como objectivo criar um quadro democrático para toda os cidadãos de Euskal Herria».

«Este julgamento é um prolongamento da política de ilegalizações, que fracassou junto da sociedade precisamente porque a esquerda abertzale, com a sua iniciativa política, foi o motor do novo tempo político aberto no nosso país», afirmaram.

Urkaregi e Ugarteburu criticaram o Estado espanhol por continuar «a responder com uma estratégia de bloqueio ao novo cenário», com uma política de «imobilismo e velhas receitas repressivas» como a «perseguição policial e judicial sobre actividades políticas», quando «a maioria social e política lhe exige a adopção de uma atitude construtiva perante a oportunidade histórica de resolução do conflito político».

«Em Euskal Herria, o PP ficou sozinho e isolado na defesa da estratégia do imobilismo que Madrid promove. Antonio Basagoiti é o único a defende as políticas de excepção e a violação de direitos para tentar condicionar o novo cenário», referiram.

Perante isto, instaram o Executivo espanhol a agir com responsabilidade; «um primeiro passo» nesse sentido devia ser «o fim das políticas e medidas de excepção», o abandono da actual política penitenciária, a legalização das organizações políticas ilegalizadas e «acabar com a criminalização e a perseguição policial e judicial aos militantes políticos», bem como o fim dos julgamentos políticos. / Fonte: Gara / Ver também: Berria

A Audiência Nacional recusou a libertação de Txus Martín, apesar da doença
O tribunal especial considera que existe um «inegável risco de fuga» e, sobre a sua doença, defende que se encontra «estável» e «medicamente controlado». / Ver: Gara

Nota de imprensa da Etxerat sobre a situação de Txus Martin e a decisão da AN: «A Txus Martin le han denegado la solicitud de libertad» (etxerat.info)

A Ertzaintza procura fotos nas herriko tabernas de Uribarri e Zorrotza (Bilbo)
Apesar de serem cada vez mais as pessoas e os representantes sociais que reivindicam o respeito pelos direitos básicos dos presos políticos bascos, continuam a ocorrer situações que pouco têm a ver com o novo tempo político que se vive em Euskal Herria. Um bom exemplo disso, tal como denunciaram várias pessoas que se puseram em contacto com o Gara, foi o que aconteceu anteontem nas herriko tabernas dos bairros bilbaínos de Uribarri e Zorrotza, onde apareceram agentes da Ertzaintza para dali levarem fotografias de presos políticos.
De manhã, na sede da Askabide, em Zorrotza, dois ertzainas à paisana, apoiados por uma carrinha no exterior, quiseram que o barman retirasse as imagens do espaço, mas, como este se recusou, foi identificado e os paisanas acabaram por levar o cartaz com as fotos. O mesmo se passou à tarde em Uribarri, na herriko taberna local.
Em Atarrabia (Nafarroa), 43 pessoas juntaram-se pelos presos. / Fonte: Gara

Ver também: «Zorrotza eta Uribarriko herriko tabernetan sartu eta presoen argazkiak kendu ditu Ertzaintzak» (Bilbo Branka)