A Comissão Internacional de Verificação do cessar-fogo (CIV) é composta por cinco peritos policiais, militares e conhecedores de conflitos políticos noutros países, para além de uma coordenadora. Tem como objectivo «contribuir para a verificação do cessar-fogo da ETA através de um trabalho sério e rigoroso», segundo fizeram saber num comunicado.
Comunicado da Comissão Internacional de Verificação (cas/eng/eus)
A esquerda abertzale considera que a criação da CIV é «um passo firme e significativo no processo de soluções»
O grupo de peritos da Comissão Internacional de Verificação (CIV) do cessar-fogo da ETA é composto por Ronnie Kasrils, da África do Sul, Raymond Kendall e Chris Maccabe, da Grã Bretanha, Ram Manikkalingam, do Sri Lanka, e Satish Nambiar, da Índia, enquanto a coordenadora é Fleur Ravensbergen.
A apresentação do grupo foi feita através de um comunicado enviado aos meios de comunicação, no qual se destaca que «nos últimos anos se deram importantes avanços no caminho para a paz no País Basco, e hoje deparamos com uma nova etapa encorajadora».
«Entre os muitos factores que contribuíram para se chegar a esta etapa, é de realçar a exigência clara e rotunda, por parte da sociedade basca, de que a violência chegue definitivamente ao fim», diz o comunicado dos membros da CIV.
Consideram «fundamental» neste processo que o cessar-fogo decretado pela ETA a 10 de Janeiro de 2011 seja «credível e irreversível». Por isso, afirmam que a constituição deste grupo «responde ao pedido feito por diversos elementos da sociedade basca a membros da Comissão para que fosse criado um mecanismo de verificação do cessar-fogo».
Afirmam ainda que, «durante os últimos dias, a CIV se reuniu com representantes dos partidos políticos, associações de empresários, sindicatos e da Igreja do País Basco para falar sobre o início do trabalho da Comissão».
O comunicado acrescenta que o grupo irá manter «reuniões periódicas com todos os elementos possíveis da sociedade basca para proceder à troca de relatórios, ideias e projectos que possam consolidar e aprofundar o cessar-fogo credível e irreversível que o País Basco solicita».
Fonte: Gara