Convocadas por representantes políticos, sociais e sindicais, ontem à tarde realizaram-se nas quatro capitais de Hego Euskal Herria [País Basco Sul] concentrações de protesto contra a sentença da Audiência Nacional espanhola sobre o «caso Bateragune». Esses representantes fizeram ainda um apelo à participação na manifestação de sábado em Bilbo.
Fonte: ateakireki.com / Na foto, Donostia.Fotos: Elkarretaratzea Iruñean / Concentração em Iruñea (ateakireki.com)
O GIC defende que a legalização do Sortu «contribuiria para a normalização política»
O Grupo Internacional de Contacto (GIC) considera que a legalização do Sortu contribuiria «para a normalização política, particularmente no contexto das próximas eleições». Nas reuniões que manteve anteontem e ontem em Donostia, abordou o processo de criação de um mecanismo de verificação do cessar-fogo da ETA e a sentença sobre o «caso Bateragune».
«A Procuradoria alega que o Sortu é "um risco" para a democracia espanhola», de Iñaki IRIONDO (Gara)
O Grupo Internacional de Contacto (GIC) tornou pública uma nota na sequência das reuniões que manteve anteontem e ontem em Donostia, procurando «prosseguir com o trabalho de promover, facilitar e fomentar a normalização política».
Na sua nota, explica que uma parte importante do debate se centrou «na questão das vítimas». O GIC reafirmou a sua opinião de que «todas as partes deviam reconhecer o sofrimento das vítimas da violência, como peça fundamental para a resolução do conflito».
O processo para a criação de um mecanismo internacional para a verificação do cessar-fogo da ETA também ocupou a agenda do GIC em Donostia, bem como a legalização da esquerda abertzale. A este respeito, os facilitadores internacionais entendem que «a legalização de todos os partidos que rejeitam a violência» seria «um passo importante para garantir a participação equitativa na vida democrática».
Nessa linha, crêem que a legalização do Sortu «contribuiria para a normalização política, particularmente no contexto das próximas eleições».
Abordaram também a sentença condenatória do «caso Bateragune», que consideram «decepcionante». O GIC precisa que, «respeitando o processo judicial, espera com preocupação a evolução futura do processo de apelação».
Fonte: Gara