Yolanda Barcina anunciou esta semana que vai endurecer a Lei dos Símbolos «para que as ruas, praças e edifícios de Navarra não sejam utilizados para a exaltação dos criminosos e para a distorção da nossa realidade». É preciso entender que se refere à solidariedade com os presos políticos, pois a presidente navarra não mexeu um dedo para eliminar os símbolos dos criminosos franquistas. Mais ainda, quando era autarca de Iruñea, chegou a levar a julgamento quem exigia a sua retirada.
Barcina regressou das férias com um discurso duro, inflexível, para perseguir os gestos de solidariedade com os presos políticos. «Confrontados com provocação, nós utilizamos a Lei», proclamou diante das câmaras. Mas isto é uma grande mentira. Nem ela enquanto autarca de Iruñea, nem os presidentes anteriores do seu partido, nem a UPN nas localidades que governa trabalharam a sério para que não se verifique uma exaltação do grande terror que Nafarroa viveu, aquele o ano de 1936 libertou.
Hoje em dia, os símbolos de homenagem ao franquismo sobrevivem em Nafarroa e, na verdade, Barcina deu nomes franquistas a instalações públicas décadas depois de o Generalíssimo ter ido descansar para debaixo da terra. De qualquer forma, a melhor definição da política da UPN relativa à eliminação dos símbolos franquistas foi dada por Amelia Salanueva há uns dois anos. A então conselheira da Administração local recusava-se a aplicar a lei porque não tinha funcionários suficientes para iniciar «uma caça às bruxas por todas as ruas navarras».
Aritz INTXUSTA
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