Quase uma semana depois de o Colectivo de Presos e Presos Políticos Bascos (EPPK) ter anunciado a sua adesão ao Acordo de Gernika para promover a construção de um cenário de paz e soluções democráticas em Euskal Herria, as reacções sucedem-se. O movimento que trabalha pelos direitos dos presos, Egin Dezagun Bidea, «aplaudiu» a decisão do colectivo, qualificando-a como um «passo importante».
Em seu entender, esta adesão supera «todos os obstáculos que são colocados ao Colectivo para tomar parte no Acordo; o EPPK mostrou grande sentido de responsabilidade e compromisso», declarou Beñat Zarrabeitia esta quarta-feira em Donostia, acompanhado por Fran Balda, Jone Artola, Nagore García e Félix Soto.Insistiram na ideia de que os presos devem ser repatriados, sendo-lhes garantida «a possibilidade de participar inteiramente no processo».
Precisamente, a aproximação dos mais de 700 presos que hoje em dia se encontram em diferentes prisões espanholas e francesas constitui, nas palavras de Zarrabeitia, «um desafio incontornável». Recordam que também foi assim noutros lugares do mundo, «como a Irlanda ou a África do Sul».
Lembraram, por fim, que a libertação dos presos ocorreu em oito anos no caso sul-africano e em apenas dois no caso irlandês. «Ambos os processos foram impulsionados tanto por uma vasta exigência social como pelos passos dados pelos respectivos Governos». / [Ver, na sequência: «Falar de direitos»]
Oihane LARRETXEANotícia completa: Gara
«O LAB afirma que a adesão do EPPK ao Acordo de Gernika é "muito importante e conhecerá desenvolvimentos"» (Gara)
A secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, considera que a adesão do Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK) ao Acordo de Gernika é «um passo importantíssimo que conhecerá desenvolvimentos» e que demonstra que o colectivo «é um agente político que quer exercer o seu direito a intervir na construção de um cenário de paz e de soluções democráticas».
Lau Haizetara Gogoan, Egin dezagun bidea
A coordenadora Lau Haizetara Gogoan, que agrupa em Euskal Herria os grupos «memorialistas» de denúncia do genocídio franquista e do terrorismo de Estado, estará presente na convocatória da última sexta-feira do mês em Gasteiz, na defesa de todos os direitos para os presos e presas políticos bascos. O encontro, que terá início às 20h00 na Virgem Branca, terminará com um acto na Praça dos Foros, em que a Lau Haizetara Gogoan também participará.
Gasteizko azken ostirala / Última sexta-feira do mês em Gasteiz
Nós vamos, eles já vão.
Fonte: lahaine.org