Rafa Díez dirigiu-se ao tribunal antes de terminar a audiência pública para decidir a sua situação. O ex-secretário-geral do LAB disse que não é um militante «e muito menos» um dirigente da ETA, mas sim «um sindicalista ligado ao seu povo e que lutou por ele», e que não tem qualquer intenção de fugir caso continue em liberdade.
«Aqui ou para onde a mandarem, esta pessoa vai continuar a lutar pelo seu país, pela paz e pelas soluções democráticas, e não irá fugir à justiça nem a esses objectivos», disse perante os juízes Ángela Murillo, Teresa Palacios e Juan Francisco Martel.O seu advogado, Iñigo Iruin, afirmou em tribunal não ter sido notificado da audiência, pelo que não teve tempo para a preparar.
Negou que o seu defendido tenha intenção de fugir, como argumentou o magistrado do MP, e disse que, se Díez o quisesse fazer, já tinha tido tempo suficiente desde quinta-feira passada, às 20h00, quando a Ser adiantou a sentença.
Apesar disso, os juízes fizeram seu o pedido da Procuradoria e deram ordem de prisão a Rafa Díez, de forma «preventiva, comunicável e sem fiança, até ao limite da metade da pena atribuída de dez anos». Dois polícias algemaram o sindicalista, levando-o até aos calabouços e, dali, para a prisão de Soto del Real.
A última coisa que o sindicalista abertzale fez antes foi assistir ao julgamento de onze jovens de Uribe Kosta (Bizkaia) que hoje começou no tribunal de excepção.
Apoiados desde Euskal Herria
Rafa Díez foi à Audiência Nacional receber a sentença com Amaia Esnal, Txelui Moreno e Mañel Serra, enquanto Arnaldo Otegi, Miren Zabaleta e Arkaitz Rodríguez foram conduzidos até à sede judicial depois de nos últimos dias terem sido transferidos das prisões em que se encontravam, numa altura em que se encontram sequestrados há mais de 700 dias (foram detidos a 13 de Outubro de 2009).
De Euskal Herria foi até Madrid uma delegação do LAB e representantes da esquerda abertzale e do EA, em que se incluía Maiorga Ramírez. O ex-secretário-geral do LAB chegou ao tribunal pelas 10h30, acompanhado pelo advogado Iñigo Iruin e por Rufi Etxeberria.
Fonte: GaraEsquerda abertzale: «Não há sentença capaz de parar o caminho iniciado»
Donostian, 2011ko irailaren 16an / Em Donostia, no dia 16 de Setembro de 2011.Ver também:
«A esquerda abertzale afirma que López está "a anos luz da realidade política e social" basca» (Gara)
A esquerda abertzale considerou «extremamente graves» as declarações de Patxi López em que a acusa de «vitimismo», e criticou-o por tentar «esconder o seu imobilismo» com as constantes interpelações que faz à força abertzale. Afirmou ainda que López está a «anos luz da realidade política e social» de Euskal Herria.