As máquinas escavadoras começaram a demolir o Kukutza, depois de esta manhã uma juíza não ter atendido ao pedido da associação de moradores de Errekalde e ter levantado a suspensão cautelar que tinha decretado na quarta-feira sobre a ordem de demolição do Kukutza, dando assim luz verde à demolição. As cargas da Ertzaintza sucedem-se e alastram a zonas de Bilbo cada vez mais afastadas do Kukutza, e já foram efectuadas pelo menos 24 detenções. Para esta tarde, às 20h00, foi convocada uma nova manifestação em defesa do gaztetxe.
«Bildu, esquerda abertzale, Aralar, EB e CCOO criticam a decisão»
«A Associação Basca de Património Industrial afirma que o Kukutza está incluído nas edificações a preservar»
As máquinas escavadoras começaram a demolir o edifício que alberga o Kukutza. Eram 18h10 quando a escavadora, auxiliada por trabalhadores encapuzados, começou a deitar abaixo a fachada do Kukutza. A Rua Estrada de Caleros está cortada com vedações e um amplo dispositivo da Brigada Móvel da Ertzaintza encontra-se na zona. As cargas policiais sucedem-se nas imediações do centro juvenil autogerido. Testemunhas dizem que a Ertzaintza está a retirar pessoas dos bares e a confiscar-lhes os telemóveis. Outras afirmam que a Polícia está a isolar o bairro e fazer controlos nos acessos a Bilbo.
Algumas mensagens enviadas via Twitter dão conta de que a repressão da Ertzaintza alastrou pelo bairro de Errekalde, sucedendo-se as cargas mesmo quando as crianças saíam da escola.
Outras destacam a solidariedade dos habitantes, pois, apesar de a grande maioria dos estabelecimentos comerciais e das casas particulares terem as portas fechadas, houve gente solidária que as abriu para que as pessoas que se encontravam nas imediações do gaztetxe pudessem escapar às cargas da Polícia.
Outras destacam a solidariedade dos habitantes, pois, apesar de a grande maioria dos estabelecimentos comerciais e das casas particulares terem as portas fechadas, houve gente solidária que as abriu para que as pessoas que se encontravam nas imediações do gaztetxe pudessem escapar às cargas da Polícia.
Há habitantes de Errekalde que falam em estado de sítio no bairro há quatro horas sem parar.
Há quem afirme que a Ertzaintza entrou no centro de saúde de Errekalde, mandando calar uma trabalhadora, ameaçando quem se encontrava lá dentro e levando os relatórios médicos depois de uma carga brutal!
Também se conta que a Ertzaintza está a entrar em casas particulares em busca de pessoas que ali procuraram refúgio! E que a Ertzaintza efectuou disparos para as varandas dos moradores.
Outros informam que a Ertzaintza carregou nas zonas de La Casilla e Ametzola, onde, dizem, malharam em tudo o que mexia.
Houve pessoas feridas que se refugiaram na estação de Ametzola e na igreja de Errekalde; algumas já dali foram levadas.
Há controlos de estrada efectuados pela Polícia, pois chegava cada vez mais gente de fora de Bilbo.
Uma coluna com milhares de pessoas, participando na manifestação programada e autorizada (e que a Polícia Municipal se recusou a proteger) aproximou-se do Kukutza e a Ertzaintza carregou de forma descontrolada sobre os manifestantes.
As cargas muito violentas sucedem-se, de tal forma que a coluna de manifestantes retrocede pela Gordoniz kalea.
E, na rádio, diz-se que a Ertzaintza chamou os agentes que se encontravam de férias.
A Polícia rouba as câmaras de vídeo, afirmam.
Informações via Twitter, Facebook e Irola Irratia.Há quem afirme que a Ertzaintza entrou no centro de saúde de Errekalde, mandando calar uma trabalhadora, ameaçando quem se encontrava lá dentro e levando os relatórios médicos depois de uma carga brutal!
Também se conta que a Ertzaintza está a entrar em casas particulares em busca de pessoas que ali procuraram refúgio! E que a Ertzaintza efectuou disparos para as varandas dos moradores.
Outros informam que a Ertzaintza carregou nas zonas de La Casilla e Ametzola, onde, dizem, malharam em tudo o que mexia.
Houve pessoas feridas que se refugiaram na estação de Ametzola e na igreja de Errekalde; algumas já dali foram levadas.
Há controlos de estrada efectuados pela Polícia, pois chegava cada vez mais gente de fora de Bilbo.
Uma coluna com milhares de pessoas, participando na manifestação programada e autorizada (e que a Polícia Municipal se recusou a proteger) aproximou-se do Kukutza e a Ertzaintza carregou de forma descontrolada sobre os manifestantes.
As cargas muito violentas sucedem-se, de tal forma que a coluna de manifestantes retrocede pela Gordoniz kalea.
E, na rádio, diz-se que a Ertzaintza chamou os agentes que se encontravam de férias.
A Polícia rouba as câmaras de vídeo, afirmam.
Há também quem peça o fim da luta armada nas ruas de Bilbau... e lembre que não foi a Ertzaintza que assinou os Princípios Mitchell... [Zoixonak, EAJ-PP-PSOE! Kukutza beti gure bihotzetan!]
Também cruzámos informações entre nós, aqui, tentando saber o que se passava, ter uma noção mais próxima do que se passava. De alguma forma nos temos de defender do silenciamento imposto pela comunicação social ao serviço dos interesses do capitalismo.
Uma última, via Twitter: No Kukutza recolhiam-se bicicletas para enviar para o Sahara; agora estão debaixo dos escombros. Gora Kukutza!
Vídeo: A Ertzaintza força a entrada num bar às patadas
Decisão judicial
Elena Galán Rodríguez de Isla, uma juíza substituta que está à frente do Tribunal Contencioso-Administrativo n.º 5 de Bilbo, levantou a suspensão cautelar da licença de demolição outorgada pela Câmara Municipal de Bilbo à empresa Cabisa, que esteve na origem do violento despejo de quarta-feira do Kukutza III, dando assim autorização à demolição do edifício.
A juíza não atendeu assim ao pedido da associação de moradores de Errekaldeberriz, cujo advogado, José Angel Esnaola, defendeu na audiência de ontem que a licença de demolição é «nula e ilegal», fundamentando essa apreciação em diversas irregularidades.
No auto, a juíza defende que «o edifício não está incluído em nenhum regime de protecção» e não analisa o projecto cultural do Kukutza.
Argumenta que, à luz das provas apresentadas por todas as partes, deve considerar-se «prevalecente o interesse público que reside na execução das previsões do planeamento e os prejuízos que poderiam ser causados» à empresa Construcciones Cabisa, titular da licença de obras, «no que respeita à demora da promoção projectada no imóvel e sem que possam ser obviados os direitos de legítimo proprietário».
Fonte: Gara
Ver também: «Kukutza atarian dago hondeamakina, eraikina botatzeko pronto» (Berria)«Alerta vermelho! Vamos defender o Kukutza!» (SareAntifaxista)
Para se saber mais sobre os insultos e a brutalidade que Errekalde, acima de tudo Errekalde, mas também outros bairros bilbaínos tiveram de suportar, ver Sare Antifaxista
«A reivindicação dos habitantes é reprimida pela Ertzaintza», de Agustín GOIKOETXEA (Gara)
Uma grande escavadora demoliu ontem o edifício que albergava o Kukutza III num bairro de Errekalde tomado pela Ertzaintza, que durante horas recorreu a uma violência extrema para impedir qualquer mostra de apoio ao gaztetxe. Dezenas de feridos e detidos num bairro em estado de sítio, onde a reivindicação dos moradores foi reprimida com dureza.
Grande acompanhamento, com comentários e fotos, em boltxe.info