Onze jovens de Uribe-Kosta vão ser julgados proximamente na Audiência Nacional espanhola por causa da sua actividade política. Outros onze, de Iruñerria, terão de comparecer no tribunal especial pela mesma razão. Para denunciar estes casos e outras violações de direitos - como a do Bateragune -, o processamento de membros da Askapena ou a detenção de Josu Esparza, a iniciativa Eleak convocou mobilizações em Algorta (Getxo) e Iruñea.
A reivindicação do respeito por todos os direitos para todas as pessoas estará presente nas mobilizações que a Eleak convocou para a próxima sexta-feira, dia 23, em Algorta (Telletxe plaza, 19h30) e para sábado, dia 1 de Outubro, em Iruñea (17h30, cinemas Golem, com carácter nacional).
Tanto no caso biscainho como no navarro, as manifestações são uma resposta aos julgamentos de dois grupos de onze jovens que irão decorrer proximamente na Audiência Nacional espanhola. Em ambos os casos, serão julgados pela sua militância no movimento juvenil e incorrem em penas que vão dos seis aos dez anos de prisão.
Para além disso, também em ambos os casos os jovens arguidos nos dois processos referem que as únicas «provas» existentes contra eles se baseiam em depoimentos arrancados a detidos que afirmaram ter sido torturados enquanto se encontravam incomunicáveis.
No caso de Iruñerria, lembrou-se ainda que este julgamento de jovens abertzales não surge como algo isolado, pois recentemente ocorreu a detenção, em Donibane Lohizune, de Josu Esparza, membro do Movimento pró-Amnistia em Nafarroa; os processamentos dos membros da Askapena detidos em Setembro de 2010, ou a sentença do Bateragune, que foi conhecida ontem.
«Amanhã pode ser qualquer um das dezenas de processos que continuam abertos», destacaram Expe Iriarte e Joxean Agirre, representantes do Eleak. «A manifestação de 1 de Outubro deve ser uma grande manifestação plural a favor das liberdades políticas e dos direitos civis, onde se encontrem milhares de pessoas de distintas sensibilidades em torno de uma exigência comum: todos os direitos para todas as pessoas», afirmaram.
Na conferência de imprensa de Getxo, os porta-vozes do Eleak pediram à sociedade «que tome a iniciativa, se mobilize e venha para a rua em defesa dos direitos da juventude basca. Os nossos direitos não são algo que se possa dar ou tirar, mas são inerentes aos cidadãos de Euskal Herria e também à sua juventude».
Salientaram que a violação destes direitos fundamentais se verifica num momento em que o País Basco entrou numa nova fase, na qual defende um cenário assente na paz e na normalização.
Martxelo DÍAZ
Notícia completa: Gara (Na foto de cima, Algorta; na de baixo, Iruñea.)
Ver também: «Torturak > epaiketa : mobilizazioak Algortan» [com vídeos] (etengabe)