O grupo de apoio às pessoas que foram constituídas arguidas por causa do que se passou durante o txupinazo de Leitza anunciou ontem a convocatória de diversas mobilizações para esta semana. Os promotores da iniciativa procuram, desta forma, expressar o seu repúdio pela decisão da Procuradoria da Audiência Nacional, que notificou o autarca da localidade, Oier Eizmendi (Bildu), bem como outras duas leitzarras, para depor como arguidos pela alegada prática do crime de «enaltecimento do terrorismo».
Com o lema «Utzi pakean Leitza» (Deixem Leitza em paz), os actos de protesto começam hoje com a realização de uma sessão plenária extraordinária na Câmara Municipal. Na quarta-feira, terá lugar uma concentração às 20h00 na Praça do Povo, e para quinta-feira, dia em que os imputados vão depor à capital dos espanhóis, foi convocada uma paragem laboral entre as 12h00 e as 14h00.
Os factos pelos quais os três leitzarras foram chamados pela Procuradoria dizem respeito a 11 de Agosto, data em começaram as festas de Leitza. Então, segundo a versão policial, ocorreram «diversos actos de apoio e homenagem aos presos da ETA», em alusão à exibição de fotos de reclusos. O autarca, concretamente, é acusado de incluir no programa das festas um brinde a favor dos presos.
A plataforma de apoio aos três imputados, não obstante, denunciou uma escalada de «ataques» a Leitza, cujo último capítulo é o processo que arranca na quinta-feira na cidade de Madrid. Criticaram ainda o facto de o caso estar a ser alvo de um «boom mediático» interessado, e recriminaram os «ataques» contra a localidade por parte de alguns meios de comunicação.
Fonte: Diario de Noticias via ateakireki.com