Com o título Democracia e tortura, o exemplo espanhol, a editorial alemã Assoziation A., sedeada em Hamburgo e Berlim, acaba de editar em alemão o livro de Xabier Makazaga Manual del torturador español, que foi publicado em Euskal Herria em 2010 pela editorial Txalaparta. Na altura, o PP solicitou que a obra fosse retirada das bibliotecas públicas por considerá-la «quase um manual da organização terrorista para justificar depois os atentados e os ataques às Forças de Segurança do Estado» (nas palavras do deputado Carlos Urquijo). A então autarca de Basauri (Bizkaia) pelo PSE, Loly de Juan, também secundou esta iniciativa, que deparou com a oposição de inúmeros bibliotecários e motivou uma queixa junto do Relator Especial da ONU.
Fonte: GaraEuskal Herriko Egiaren Batzordea, livro da Lau Haizetara Gogoan
Lau Haizetara Gogoan * E.H.
Passaram 74 anos desde que milhões de cidadãos viram despedaçados os desejos de construir uma vida melhor, socialmente mais justa e politicamente mais democrática, no quadro de um modelo de Estado republicano. Passaram 34 anos desde a morte do ditador, 30 anos desde que, supostamente, se deu início a uma fase histórica em que se pretendia construir uma sociedade sobre bases políticas e ideológicas desligadas da ditadura. No entanto, actualmente, Dezembro de 2009, continuamos ancorados a ela, com os novos gestores da sua herança a impedir, desde as mais altas instâncias do Estado e o poder económico, social e religioso, que as vítimas possam expor, reivindicar e defender a sua memória, sem medo, sem imposições, sem limitações legais.
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