Passados 26 anos, a refugiada Pili Artze Abascal voltou a pisar, na sexta-feira, dia 30, as ruas de Leioa (Uribe Kosta, Bizkaia), onde pôde abraçar e beijar os seus familiares, amigos e conterrâneos.
A ex-refugiada apareceu pelas 20h10 no Boulevard de Leioa, onde cerca de cem pessoas participavam numa das concentrações convocadas por vários sindicatos e colectivos para a comarca biscainha de Uribe Kosta em defesa do direito dos presos a estudar.
Com Pili regressou também a Leioa o seu companheiro de todos estes anos de exílio, Andoni Hernández Ibarluzea, que não esteve presente na recepção por se sentir um tanto indisposto.
Terminada a concentração, realizou-se um pequeno acto em honra de Pili na Praça Vermelha [Plaza Gorria], que incluiu oferta de flores, um aurresku e bertsos. No final, a sua foto e a do seu companheiro foram retiradas da Kurkudi herriko taberna. [Mua!]
Recepção a Pili em Leioa [ukberri]
Pili e Andoni fugiram para o Estado francês em 1987, e, dali, para o Uruguai, onde foram sequestrados e torturados pela Polícia espanhola. Regressaram ao Estado francês, onde foram detidos e, em 1995, viram os seus movimentos restringidos a uma região distante de Euskal Herria. Para romper com esta dinâmica de restrição dos movimentos dos refugiados políticos bascos e reivindicar o seu direito a viver no País Basco, ambos participaram na conhecida acção de enclausuramento na catedral de Baiona. Depois, ficaram «confinados» numa outra região do Estado francês, correndo o risco de extradição. Agora, estão de volta a casa. / Mais informação: ukberri.net
domingo, 1 de junho de 2014
A refugiada Pili Artze regressou a Leioa
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