sábado, 9 de maio de 2009

O «SOS Algeciras» ecoa nas mostras de carinho aos presos

Apesar de as consequências dos dez dias em greve de higiene serem já notórias e de o Movimento pró-Amnistia considerar a situação que vivem como “insuportável e muito grave”, os oito preso políticos reclusos na prisão de Algeciras mostraram determinados em prosseguir a luta. Esta realidade foi reflectida nas mobilizações que ontem ocorreram em território basco, fazendo frente à tentativa de silenciar e erradicar este apoio das ruas.

A greve de higiene empreendida pelos presos políticos bascos reclusos na prisão de Algeciras cumpre hoje o décimo dia e, apesar de a situação que vivem se complicar com o passar dos dias, os prisioneiros bascos manifestaram-se determinados em prosseguir a luta.

Asier Larrinaga, Aurken Sola, Jorge Gonzalez, Iñaki Cañas, Mikel Egibar, Josetxo Etxeberria, Xabier Abaunza e Harkaitz Bellon, os oito cidadãos bascos presos no estabelecimento prisional de Botafuego, há dez dias que urinam e defecam nas suas celas, sem retirar o lixo e sem limpar a cela em que passam quase todo o seu tempo, como forma de protesto contra os abusos a que são submetidos por parte dos guardas prisionais. Segundo o Gara pôde apura, nesta altura será Bellon o único que se encontra em isolamento durante 24 horas.
O Movimento pró-Amnistia informou ontem que Inma Pacho, Inma Noble, Arantza Garbayo, as três presas políticas bascas que se encontram naquela prisão, não estão a participar na greve de higiene, mas em diferentes acções de resposta à situação que estão a viver.



O Movimento anti-repressivo deu o alertou para as condições estremas em que estão a viver os bascos ali encarcerados e referiu que o “fedor é tremendo”. “É praticamente impossível dormir ali”, acrescenta.
Com o propósito de dar a conhecer estes factos e com o lema «SOS Algeciras», organizaram concentrações em diversos pontos do país. Concretamente, dezenas de habitantes juntaram-se ontem em Hernani e Bilbau. Hoje será a vez do bairro donostiarra de Gros, de onde é Cañas, e amanhã serão os vizinhos de Bellon a saírem à rua, em Elorrio.

Entretanto, em Euskal Herria, quando a tentativa de silenciar a solidariedade com os presos políticos bascos segue in crescendo e a retirada de fotografias e murais em defesa dos presos acontece diariamente, as concentrações continuam a mostrar a solidariedade com o Colectivo de Presos Políticos Bascos.

Exemplo disso foram os encontros de ontem, como o realizado em Bilbau em frente à Sabin Etxea, em que participaram 100 pessoas. Em Berriz, juntaram-se 21 habitantes, 64 em Lizarra, 42 em Arrigorriaga, 26 em Mundaka, 50 em Deba, 55 em Tafalla, 30 em Barañain e 63 em Lazkao. A mobilização de Zarautz reuniu 135 pessoas, 25 em Antzuola, 170 em Ondarroa, 26 em Ugao e 50 em Oñati. Também houve concentrações em Soraluze (55), Iruñea (320), Etxarri-Aranatz (61), Arbizu (40), Gasteiz (416), Bera (20), Donostia (240), Zornotza (83), Gatika (10), Hernani (400), Getaria (30), Orereta (220) e Legorreta (24).
Em Orduña, por seu lado, 70 moradores denunciaram a “falta de democracia” nas festas da localidade, e em Lizartza 44 habitantes protestaram contra a autarca do PP, Regina Otaola.

Fonte: Gara


No dia 24, haverá manifestação em defesa de Hodei Ijurko.