sexta-feira, 5 de julho de 2013

Aranalde, Zubillaga e Atorrasagasti denunciam a utilização política dos mandados europeus

Os refugiados políticos bascos Jokin Aranalde, Beñat Atorrasagasti e Aitor Zubillaga deram uma conferência de imprensa em Baiona, acompanhados pela advogada Amaia Rekarte.

Aranalde recordou que as suas detenções ocorreram poucos dias depois do acto público de Biarritz, em que o Colectivo de Refugiados Políticos Bascos (EIPK) tornou públicas as suas propostas para a resolução do conflito, e enquadrou as detenções na tentativa de encobrir o conteúdo dessas propostas. Perguntou ao Governo francês até quando vai manter esta atitude, tendo considerado que «a cultura política de Paris se está a degradar».

Rekarte, por seu lado, destacou que estas detenções ocorrem num momento e num contexto político «especial», que se baseiam na violação dos direitos humanos e que, em todos os casos, se referem a factos que tiveram lugar há muitos anos.

Afirmou que não se seguiu o procedimento habitual nos casos dos mandados europeus e que a iniciativa não partiu do juiz de Pau. Disse que, quando se deram as detenções, o juiz não possuía a documentação original do mandado e perguntou se a ordem partiu do «Ministério do Interior». Questionou a celeridade com que se efectuaram as detenções, uma vez que não existia risco de fuga - Aranalde e Zubillaga residem em Nafarroa Beherea e Lapurdi e fazem uma vida pública.

No caso de Aranalde, ainda não sabem de que é acusado concretamente, pois ainda não receberam a documentação. / Ver: naiz.info / Ver também: Berria e kazeta.info

[Vídeo]: Patrick Dellanes, Subprefeito de Baiona, sobre o processo de paz: «O Governo francês considera que não tem de se envolver num processo de paz, pois jamais esteve em guerra» (kanaldude.tv)

Documentário: Txetxu Barrios, quinze anos de política de dispersão
O preso Txetxu Barrios está há quinze anos na prisão. Agora, encontra-se na de Granada (há três anos) e antes esteve nas de Madrid e Pontevedra, onde passou quatro e oito anos, respectivamente.
O Herrira de Atarrabia (Nafarroa) realizou um vídeo em que se incluem depoimentos de familiares e amigos, e também do próprio preso político basco, para denunciar esta medida de excepção e realçar todo o sofrimento que provoca. / Fonte: Gara e ateakireki.com

«Concentração frente à sede do PP, em defesa dos direitos dos presos políticos bascos» (ateakireki.com)
Como acontece todas as semanas, na segunda-feira houve concentração frente à sede do PP em Iruñea, para reclamar o direito dos presos políticos bascos a viver livremente em Euskal Herria. Participaram 70 pessoas. Nas faixas que exibiam podia-se ler: «Euskal Preso eta Iheslariak Herrira» e «La dispersión mata».