quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Prosseguem os ataques fascistas, prossegue a impunidade

No mesmo dia em que veio a público a denúncia da existência de um vídeo em que se vê dois indivíduos a disparar contras fotos de presos bascos, apareceram novas inscrições de carácter fascista, desta vez no Gaztetxe de Gasteiz.

Vídeo «Tiro al borroca»
No vídeo, lançado com o título «Tiro al borroca», aparecem dois indivíduos a disparar contra duas fotografias de presos políticos bascos e, depois de esvaziarem os carregadores, um dos dois indivíduos, encapuzado, destrói as fotos com uma navalha. O vídeo foi lançado em Maio de 2008 por um usuário com o nick de rocatronca1 e acompanhado pelo texto "El nuevo tratamiento judicial para los etarras".



O Movimento pró-Amnistia denunciou a existência deste vídeo na Internet e enquadrou-o na atmosfera de repressão e na escalada de acções "parapoliciais" que Euskal Herria tem sofrido nos últimos meses. Também pedem explicações aos dirigentes policiais na CAB e em Nafarroa, a Rodolfo Ares e a Elma Saiz, sobre o destino que é dado aos cartazes com fotos de presos que são apreendidos, se são utilizados em sessões de treino deste tipo, pois afirmam ter motivos para crer que os dois pistoleiros que aparecem no vídeo são membros das denominadas forças e corpos de segurança do Estado.

Mais ameaças fascistas em Gasteiz
Por outro lado, hoje ocorreu um novo ataque fascista, com inscrições intimidatórias, em Euskal Herria. Desta vez, no Gaztetxe de Gasteiz. "Euskal Presoak Cámara de Gas", "Arriva España" e "Puta ETA" foram as palavras que apareceram na casa da colina. Partiram ainda uma das tábuas da porta. Se saltam à vista o erro ortográfico em "Arriva" (em vez de "Arriba") e o baixo nível intelectual manifestado, é ainda mais preocupante a escalada de ameaças fascistas e a cadeia de ataques que têm lugar perante o silêncio cúmplice da maioria dos meios de comunicação e a passividade generalizada de agentes políticos e sociais que, quando se trata de outro tipo de acções, não hesitam em saltar para o estrado para "condenar energicamente", já para não falar das detenções massivas, multas, sanções, inabilitações, etc. que têm lugar em Euskal Herria por causa da denominada "kale borroka".
Fonte: kaosenlared.net