quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Barrena em liberdade depois de pagar uma fiança de 50 000 euros


O político independentista Pernando Barrena abandonou a prisão de Aranjuez depois de a sua família ter pago a fiança de 50 000 euros imposta pela Audiência Nacional, ao cumprir dois anos de prisão preventiva.

Quando passam dois anos desde que Pernando Barrena foi encarcerado por não renunciar à actividade política, o magistrado da AN pediu a prorrogação por um período de mais dois anos da situação de prisão preventiva e a Audiência Nacional espanhola refere num auto que o político independentista natural de Berriozar poderá escapar à prisão contra o pagamento de uma fiança de 50 000 euros e com «a proibição expressa de exercer os mesmos actos ou semelhantes que determinaram o seu processamento».

O tribunal, composto pelos magistrados Angel Hurtado (presidente), José Ricardo de Prada e Julio de Diego refere no auto que Barrena não poderá tomar parte em «reuniões, manifestações, actos públicos ou formação de grupos, coligações ou partidos políticos de características idênticas ou qualitativamente semelhantes» àquelas que motivaram o seu «processamento criminal».

Sublinha que, se voltar a fazer política, isso implicará o seu «regresso à situação de prisão preventiva» e refere que o independentista navarro tentou «intervir na vida política pública».

No próximo domingo haverá uma manifestação de apoio ao independentista em Iruñea.
Notícia completa: Gara

Adenda (04/02/2010):
Pernando Barrena chegou a Berriozar (Nafarroa) às 4h50 da madrugada. Ali, foi recebido por cerca de 80 pessoas, na sua maioria habitantes da localidade, que lhe ofereceram o tradicional aurresku de boas-vindas e lhe entregaram um ramo de flores.
Especialmente emotivo foi o encontro com Patxi Urrutia, detido e encarcerado juntamente com o político berriozartarra há dois anos, e que foi posto em liberdade em Novembro último.
O Movimento pró-Amnistia congratulou-se com a libertação de Barrena mas não deixou de criticar as condições impostas pela Audiência Nacional espanhola. Refere que a fiança de 50 000 euros representa «uma chantagem económica a toda a regra» e que as limitações à sua actividade política «deixam às claras a razão pela qual foi encarcerado: trabalhar a favor do projecto independentista em Euskal Herria».
Nesse sentido, criticou «a violação de direitos civis e políticos» que se verifica em Euskal Herria.