terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O Colectivo Jon Anza quer que seja nomeado um juiz de instrução


Na sexta-feira à noite, a procuradora de Baiona Anne Kayanakis deu uma resposta negativa à exigência do Colectivo Jon Anza: para ela, nenhum elemento novo justifica a nomeação de um juiz de instrução, no âmbito deste assunto.

À tarde, o colectivo Jon Anza tinha reagido à publicação nas colunas do lejpb (edição de 26/01/2010) de um excerto de um livro que vai ser publicado no dia 24 de Fevereiro e que aponta o dedo à Polícia espanhola no caso do desaparecimento do militante basco Jon Anza, no dia 18 de Abril de 2009.

Para o colectivo, é então fundamental que, no âmbito do dossier deste desaparecimento inquietante, seja nomeado um juiz de instrução. «Nós gostaríamos que a verdade fosse apurada e que a procuradora pudesse designar um juiz de instrução independente. Não duvidamos da sua sinceridade, mas pensamos que é primordial que um juiz de instrução pegue no caso. Por outro lado, pensamos que a Sra. Alliot-Marie, que era ministra do Interior quando o desaparecimento se deu e é hoje ministra da Justiça, pode muito bem conhecer tudo o que diz respeito a este caso e a conivência entre as duas polícias. Vamos interpelar a MAM, recorrendo a uma carta aberta de forma a obter respostas sobre esta questão», afirma o Colectivo representado na sexta-feira por Michel Berger, Anaiz Funosa (Askatasuna), Xabi Larralde (Batasuna), Michaël Alcibar (AB), Txomin Catalogne (Segi), Maylis Iriart (LAB) e Michel Mendiboure (Anai-Artea).

O Colectivo diz não conhecer Jacques Massey, o autor da obra ETA: Histoire secrète d'une guerre de cent ans, que se baseia em informações «provenientes da entourage de Joseba Egibar e das de altos funcionários franceses» que ele mesmo contactou.

Sempre a mesma pista
Depois de o diário Gara o ter feito, a obra volta a apontar o dedo à Polícia espanhola nesta questão. Jon Anza foi visto pela última vez na estação ferroviária de Baiona, quando se preparava para apanhar um comboio com destino a Toulouse. «Nós quisemos fazer as pesquisas, mas todos os vídeos e controlos foram destruídos. Hoje, é a procuradora que tem tudo nas suas mãos. A única resposta que nos dão é que 'a investigação segue o seu curso'. Mas uma pessoa não pode desaparecer assim!», afirma o Colectivo Jon Anza.

Béatrice MOLLE

Notícia completa: leJournalPaysBasque - EHko Kazeta