Vivemos em Euskal Herria, um pedaço de terra que vai do Ebro ao Atturri e de Santa Engrazi até Lanestosa. Apesar disso, os estados que nos oprimem enquanto povo quiseram desfigurar essa realidade e para tal impuseram-nos diferentes enquadramentos que provocam a divisão territorial do nosso país. Nós sonhamos com Euskal Herria. É isso que queremos construir, por isso somos abertzales.
Amamos o euskara, o idioma mais antigo da Europa, que os estados, «graças» às políticas que empreenderam, colocaram à beira da morte, em vez de assegurar a sua sobrevivência. Nós, ao invés, queremos ver o euskara vivo, vemos a necessidade imperiosa de uma verdadeira política linguística. E estamos a pôr aí todas as forças que temos. Por isso somos euskaltzales.
Este sistema em que vivemos agudiza as diferenças entre os cidadãos, sendo os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mas ricos. Por isso somos de esquerda, porque queremos que a riqueza seja dividida de uma forma digna e equilibrada.
Sonhamos com uma Euskal Herria livre de diferenças sociais, já que o sistema em que vivemos aumenta as diferenças entre mulheres e homens, em vez de as diminuir. Por isso queremos construir uma Euskal Herria igualitária entre homens e mulheres, onde «eles e elas» possam viver entre si sem qualquer tipo de diferença.
Sonhamos uma Euskal Herria livre e socialista, sem qualquer tipo de discriminação, vivendo em euskara, respeitando o nosso meio ambiente… E estamos a trabalhar na consecução desse objectivo.
Mas não param de nos criar dificuldades à construção da nossa sonhada Euskal Herria. Para começar, e recorrendo a diferentes leis, ilegalizaram metade dos nossos companheiros nas últimas eleições. Depois disto, utilizando a lei de partidos, puseram fora da lei o partido que nos representava. Tentaram, através destes ataques, criar obstáculos ao nosso trabalho institucional.
Nestes dois anos de legislatura, levámos por diante uma infinidade de projectos em defesa do euskara, pusemos em marcha dinâmicas para a participação dos cidadãos nos municípios, e desenvolvemos políticas para fazer frente à crise económica que tão brutalmente nos atinge, entre outros.
Mas querem dificultar o nosso trabalho político, querem criminalizar o trabalho político que empreendemos, requerendo a presença dos nossos eleitos na Audiência Nacional e/ou revogando as decisões tomadas nos municípios. Na verdade, vivemos um estado de excepção, um estado de excepção ao qual temos de dizer «stop».
A razão pela qual nos reunimos hoje é para apoiar o nosso vereador Jesús Mari Alberdi, já que foi notificado pela Audiência Nacional pelos factos ocorridos nas festas de Gernika. Queremos aproveitar este acto para de lhe dar todo o nosso apoio. Porque o trabalho que fez na Comissão de festas de Gernika constitui para nós um modelo a seguir. O seu único delito foi o aproximar o município do povo.
E foi para isso que viemos; parar todo este ataque repressivo, não o podemos fazer sozinhos, e por esta razão nos dirigimos a vós, a pedir-vos apoio. Com vocês, temos a certeza de conseguir parar todos estes ataques.
Euskal Herria encontra-se na encruzilhada da mudança; ou sobreviver neste enquadramento esgotado ou realizar a mudança que possibilite o verdadeiro enquadramento político, que em nosso entender haveria de superar de uma vez por todas o conflito político que sofremos. Euskal Herria necessita de uma mudança real.
E é nessa direcção que vamos, daqui em diante vamos orientar o nosso trabalho institucional nessa direcção. Vamos pôr em marcha o processo democrático que há-de trazer a verdadeira mudança e nós, a partir dos municípios, esforçar-nos-emos ao máximo para isso.
Para terminar, que fique bem claro. Que oiçam bem alto aqueles que querem destruir este povo: não estamos dispostos a rendermo-nos. E continuaremos a trabalhar, como nos compete no terreno institucional, nos municípios, na rua, nas fábricas, nos gaztetxes. Faremos tudo o que pudermos, construindo o país com que sonhamos, apresentando soluções para o conflito político que vivemos.
Fonte: ezkerabertzalea.info
euskaltube.com bideoak Izenburua: Gernika jaietan 2008/08/16 Erabiltzailea: utzigernikabakean
Amamos o euskara, o idioma mais antigo da Europa, que os estados, «graças» às políticas que empreenderam, colocaram à beira da morte, em vez de assegurar a sua sobrevivência. Nós, ao invés, queremos ver o euskara vivo, vemos a necessidade imperiosa de uma verdadeira política linguística. E estamos a pôr aí todas as forças que temos. Por isso somos euskaltzales.
Este sistema em que vivemos agudiza as diferenças entre os cidadãos, sendo os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mas ricos. Por isso somos de esquerda, porque queremos que a riqueza seja dividida de uma forma digna e equilibrada.
Sonhamos com uma Euskal Herria livre de diferenças sociais, já que o sistema em que vivemos aumenta as diferenças entre mulheres e homens, em vez de as diminuir. Por isso queremos construir uma Euskal Herria igualitária entre homens e mulheres, onde «eles e elas» possam viver entre si sem qualquer tipo de diferença.
Sonhamos uma Euskal Herria livre e socialista, sem qualquer tipo de discriminação, vivendo em euskara, respeitando o nosso meio ambiente… E estamos a trabalhar na consecução desse objectivo.
Mas não param de nos criar dificuldades à construção da nossa sonhada Euskal Herria. Para começar, e recorrendo a diferentes leis, ilegalizaram metade dos nossos companheiros nas últimas eleições. Depois disto, utilizando a lei de partidos, puseram fora da lei o partido que nos representava. Tentaram, através destes ataques, criar obstáculos ao nosso trabalho institucional.
Nestes dois anos de legislatura, levámos por diante uma infinidade de projectos em defesa do euskara, pusemos em marcha dinâmicas para a participação dos cidadãos nos municípios, e desenvolvemos políticas para fazer frente à crise económica que tão brutalmente nos atinge, entre outros.
Mas querem dificultar o nosso trabalho político, querem criminalizar o trabalho político que empreendemos, requerendo a presença dos nossos eleitos na Audiência Nacional e/ou revogando as decisões tomadas nos municípios. Na verdade, vivemos um estado de excepção, um estado de excepção ao qual temos de dizer «stop».
A razão pela qual nos reunimos hoje é para apoiar o nosso vereador Jesús Mari Alberdi, já que foi notificado pela Audiência Nacional pelos factos ocorridos nas festas de Gernika. Queremos aproveitar este acto para de lhe dar todo o nosso apoio. Porque o trabalho que fez na Comissão de festas de Gernika constitui para nós um modelo a seguir. O seu único delito foi o aproximar o município do povo.
E foi para isso que viemos; parar todo este ataque repressivo, não o podemos fazer sozinhos, e por esta razão nos dirigimos a vós, a pedir-vos apoio. Com vocês, temos a certeza de conseguir parar todos estes ataques.
Euskal Herria encontra-se na encruzilhada da mudança; ou sobreviver neste enquadramento esgotado ou realizar a mudança que possibilite o verdadeiro enquadramento político, que em nosso entender haveria de superar de uma vez por todas o conflito político que sofremos. Euskal Herria necessita de uma mudança real.
E é nessa direcção que vamos, daqui em diante vamos orientar o nosso trabalho institucional nessa direcção. Vamos pôr em marcha o processo democrático que há-de trazer a verdadeira mudança e nós, a partir dos municípios, esforçar-nos-emos ao máximo para isso.
Para terminar, que fique bem claro. Que oiçam bem alto aqueles que querem destruir este povo: não estamos dispostos a rendermo-nos. E continuaremos a trabalhar, como nos compete no terreno institucional, nos municípios, na rua, nas fábricas, nos gaztetxes. Faremos tudo o que pudermos, construindo o país com que sonhamos, apresentando soluções para o conflito político que vivemos.
Fonte: ezkerabertzalea.info
euskaltube.com bideoak Izenburua: Gernika jaietan 2008/08/16 Erabiltzailea: utzigernikabakean