As porta-vozes da esquerda abertzale Marian Beitialarrangoitia e Mariné Pueyo referiram-se na sexta-feira à greve de fome empreendida por Iñaki de Juana, para confrontarem, “mais do que a greve de fome em si mesma, que parte de uma decisão por ele livremente tomada, a necessidade de analisar o que se está a passar à volta do seu caso, a grave perseguição de que está a ser objecto por parte de alguns meios, inclusivamente por parte da classe política”.
Aludiram, neste sentido, “àqueles que têm a boca cheia de direitos humanos”, aos quais perguntaram “se, uma vez cumprida a pena imposta, Iñaki de Juana – que o PP de Donostia quer declarar persona non grata – não tem direitos, assim como a sua família, porque parece que esta também não os possui”.
Questionaram ainda, pensando no “futuro que se tem de construir neste país”, se “alguns não o querem alcançar deixando de fora um sector da cidadania ou fazendo perseguições deste género”.
No contexto da política penitenciária, referiram que "poderiam seguramente dizer muitas coisas sobre o caso de Iñaki de Juana, e que até o próprio Governo basco dizia esta semana que se ultrapassaram todos os limites". E acrescentaram: "Há muito que se ultrapassaram os limites, não foi nesta última semana".
De acordo com as representantes independentistas, “continua-se a tentar que este país se vá construindo por meio de uma política penitenciária que, mais do que preservar os direitos das pessoas, os viola sistematicamente, e a verdade é que essas não são as bases de que este país necessita para o seu futuro”.
Por outro lado, houve diversas mobilizações em defesa dos direitos dos presos: em Gasteiz, 485 pessoas; 240 em Donostia; 225 em Iruñea; 215 em Errenteria; 170 em Ondarroa; em Bergara, 69; em Lazkao, 68; 65 em Algorta; 60 em Etxarri-Aranatz; 41 em Deba; 40 em Lezo; em Ugao 34; 31 em Lizarra; 25 em Elizondo; 23 em Mundaka; e 13 em Gatika.
Fonte: Gara