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sábado, 26 de julho de 2008
Sem ódio mas com determinação
Vinte e cinco anos depois daquela terrível tarde de 7 de Agosto de 1983 em Léon, eis-nos aqui novamente a colocar a questão “Nun da Popo?” [Onde está o Popo?] Passou um quarto de século. Muitos acontecimentos se sucederam em Euskal Herria e no mundo durante este lapso de tempo. E eis-nos aqui novamente a colocar a questão face à qual, até hoje, o Estado francês sempre teve uma atitude bastante suspeita. Não é por sentimentos mórbidos que se insiste nesta questão. É que o desejo de ver a verdade emergir foi mais forte que a passagem do tempo e que o maquiavelismo daqueles para quem a razão de Estado tem mais peso do que a determinação popular. “Salvar um homem é salvar a Humanidade”, dizem. “Fazer justiça a um homem é fazer justiça a todos os escarnecidos, todos os perseguidos”, podiam continuar. Popo Larre é um símbolo do que de pior pode produzir um sistema para o qual o ser humano é uma parte insignificante. É por isso que nós continuamos e havemos de continuar a exigir que seja dada uma resposta à questão “Nun da Popo?”. Mas para lá da exigência de verdade sobre o destino de um homem, coloca-se também a questão de princípio sobre um dos nossos, militante abertzale, cuja vida se inscreveu para sempre na acção em prol da defesa do seu povo, o povo de Euskal Herria. Regressa-nos à memória, a nós, abertzale, intransigente, inflexível, de modo a impedir que a mortalha do esquecimento se junte à da morte. Em nome do nosso dever de memória, do reconhecimento que devemos às mulheres e aos homens que deram o melhor de si mesmos para contribuírem para a libertação nacional e social de Euskal Herria, precisamos de continuar a clamar «Nun da Popo?». Sem ódio mas com determinação. Quanto ao mais, temos uma certeza: a verdade acaba sempre por encontrar o seu caminho…