quarta-feira, 30 de julho de 2008

«Elkartasuna itxaropen» nasce da solidariedade dos artistas bascos com os perseguidos

Vídeo: apresentação da canção

«Elkartasuna itxaropen» é uma canção criada pelos Lor, com letra de Miren Amuriza, e também uma nova mostra de solidariedade por parte de 14 grupos, do âmbito da música e da arte da expressão, empenhados com o Movimento Pró-Amnistia.
Vão sair 3000 exemplares, vendidos a três euros cada, de uma caixa que inclui o áudio da canção, um vídeo, além da letra e do manifesto dos músicos e dos artistas em solidariedade com os processados.

A colocação do produto no circuito tem um objectivo económico, destinado a “suportar os custos do julgamento” recentemente finalizado na Audiência Nacional, “e procura também a divulgação do pedido de amnistia e da denúncia da repressão”, explica Iker Zubia, acusado no sumário 33/01 e, ao mesmo tempo, cantor de Carrocerías Betoño, uma das quase 150 formações musicais e de outros âmbitos da criação artística que subscreveram, na sua época, o manifesto «Aski da! Euskal Herriak askatasuna behar du» [Já chega! O País Basco precisa de liberdade]. No campo musical, a iniciativa teve um maior desenvolvimento posterior, já que os músicos “elaboraram um manifesto próprio, com o qual se tornaram mais interventivos em relação ao que estava a ser julgado em Madrid”, acrescenta Zubia.

Questionados acerca de uma possível apresentação da canção, referiram que estão conscientes de que não é uma boa altura, tendo em vista os calendários e as actuações já apalavradas pelos grupos. Também já decidiram o formato que poderia tomar essa apresentação, uma vez que são muitíssimas as formações dispostas a participar. Falam de Outubro como um mês de referência para poder tornar realidade essa ideia.
Também não descartam a hipótese de a própria canção ser sujeita a versões assim que esteja cá fora, ao longo do Verão.

“Ao fim e ao cabo, os presos e a iniciativa anti-repressiva sempre estiveram presentes nos concertos em Euskal Herria. Os grupos sempre se comprometeram de alguma forma, quando não foram alguns deles o objecto da própria repressão”, sublinha Zubia. Tal como se afirma no manifesto, “a dignidade das pessoas perseguidas foi a mecha que acendeu a nossa força e ira interpretativa. Mais ainda, somos seus familiares, seus amigos, seus vizinhos... e nalguns casos fomos nós, na primeira pessoa, quem sofreu as violentas investidas do monstro”.

Notícia completa: Gara