A plataforma AHT Gelditu! de Hego Uribe realizou no sábado uma marcha reivindicativa até às obras do TGV. Partiu às 19h do bairro de San Miguel, em Basauri, e dirigiu-se até Zaratamo, com uma paragem em Arrigorriaga. No final da marcha, na zona em que começaram os trabalhos de construção desta infra-estrutura, apareceu a Ertzaintza, tendo proibido aos opositores do TGV que se aproximassem das obras.
Os participantes na marcha, à volta de cem pessoas, criticaram o facto de o início das obras ter ocorrido sem contar com a opinião nem a participação dos cidadãos, “sem informar os moradores de San Miguel, Arrigorriaga e Zaratamo, directamente afectados pelos diversos impactos que a infra-estrutura irá causar”. Censuraram também a atitude que os responsáveis do projecto mostraram para com os proprietários das terras. Afirmaram que “fizeram pouco deles” e que “os chantagearam”.
Para além disso, denunciaram “o obscurantismo” com que se levou a cabo o projecto: “os Municípios de Galdakao, Basauri, Arrigorriaga e Zaratamo fizeram ouvidos moucos perante os resultados da sondagem de opinião realizada por profissionais de sociologia e docentes da UPV [Universidade do País Basco], que deixava bem claro que nas referidas localidades as pessoas não dispõem de informação sobre o TGV, desconfiam do trabalho institucional referente a este tema e se posicionam contra a infra-estrutura”.
A AHT Gelditu! de Hego Uribe aproveitou o encontro de sábado para dar a conhecer aos participantes na marcha alguns detalhes das obras, que, na sua opinião, “irão gerar um grande impacto”.
Este não foi a único protesto contra o TGV que teve lugar no sábado. Em Ordizia, sob o lema «Diruaren hotsa, Goierriren heriotza» [O som do dinheiro é a morte de Goierri], cerca de 1200 pessoas participaram numa manifestação que percorreu as ruas desta localidade, imersa nas festas da padroeira. Os participantes aproximaram-se do local onde as obras já começaram e onde várias patrulhas da Ertzaintza os esperavam. Permaneceram no lugar uns cinco minutos, e retomaram a marcha.
Num comunicado final, denunciaram que existem numerosas razões para desfazer o projecto, “para parar a maior e a mais esbanjadora infra-estrutura que se procurou fazer em Euskal Herria”. Deste modo, lembraram que o TGV vai provocar danos irreparáveis no meio ambiente: “o seu impacto far-se-á sentir em todo o território, e nalgumas povoações as suas consequências serão bastante graves”.
Afirmaram que este projecto pretende impor um modelo de território, “a chamada eurocidade, que apenas contempla a ligação rápida entre as capitais”. Por isso, asseguraram que o projecto não contribuirá para solucionar os problemas de transporte público, nem os problemas derivados da passagem de camiões.
Do mesmo modo, qualificaram o projecto como uma demonstração clara do “capitalismo devorador”. “Dá impulso a um modelo esbanjador e expansionista a qualquer custo”, sublinharam a este respeito.
Os membros da AHT Gelditu! de Goierri insistiram na necessidade de a cidadania se mobilizar contra o projecto, “para dizer que não precisamos dele nem o queremos”.
O acto também incluiu uma paródia na qual “tomou a palavra ‘o lehendakari’, que se dirigiu aos assistentes insistindo na necessidade da consulta”.
Entretanto, o acampamento contra o TGV que arrancou na quinta-feira em Zaldibia prossegue com um programa bem recheado. Até ao momento, os participantes e os visitantes puderam conhecer a experiência de outros grupos “de luta anti-expansionista”. Na sexta-feira, puderam também desfrutar dos bertsos de Unai Muñoa, Uxue Alberdi, Aitor Sarriegi e Iñigo Mantzisidor.
Para ontem, domingo, estava prevista uma marcha montanhista pelo vale de Mariaratz, seguida de um almoço em Lazkao. Para o resto do dia, o programa incluía, na parte da tarde, a apresentação do livro Naturaleza, ruralidad y civilización, de Felix Rodrigo, e, após o regresso a Zaldibia, a representação da obra Klowntuz mendia.
Fonte: Gara
Os participantes na marcha, à volta de cem pessoas, criticaram o facto de o início das obras ter ocorrido sem contar com a opinião nem a participação dos cidadãos, “sem informar os moradores de San Miguel, Arrigorriaga e Zaratamo, directamente afectados pelos diversos impactos que a infra-estrutura irá causar”. Censuraram também a atitude que os responsáveis do projecto mostraram para com os proprietários das terras. Afirmaram que “fizeram pouco deles” e que “os chantagearam”.
Para além disso, denunciaram “o obscurantismo” com que se levou a cabo o projecto: “os Municípios de Galdakao, Basauri, Arrigorriaga e Zaratamo fizeram ouvidos moucos perante os resultados da sondagem de opinião realizada por profissionais de sociologia e docentes da UPV [Universidade do País Basco], que deixava bem claro que nas referidas localidades as pessoas não dispõem de informação sobre o TGV, desconfiam do trabalho institucional referente a este tema e se posicionam contra a infra-estrutura”.
A AHT Gelditu! de Hego Uribe aproveitou o encontro de sábado para dar a conhecer aos participantes na marcha alguns detalhes das obras, que, na sua opinião, “irão gerar um grande impacto”.
Este não foi a único protesto contra o TGV que teve lugar no sábado. Em Ordizia, sob o lema «Diruaren hotsa, Goierriren heriotza» [O som do dinheiro é a morte de Goierri], cerca de 1200 pessoas participaram numa manifestação que percorreu as ruas desta localidade, imersa nas festas da padroeira. Os participantes aproximaram-se do local onde as obras já começaram e onde várias patrulhas da Ertzaintza os esperavam. Permaneceram no lugar uns cinco minutos, e retomaram a marcha.
Num comunicado final, denunciaram que existem numerosas razões para desfazer o projecto, “para parar a maior e a mais esbanjadora infra-estrutura que se procurou fazer em Euskal Herria”. Deste modo, lembraram que o TGV vai provocar danos irreparáveis no meio ambiente: “o seu impacto far-se-á sentir em todo o território, e nalgumas povoações as suas consequências serão bastante graves”.
Afirmaram que este projecto pretende impor um modelo de território, “a chamada eurocidade, que apenas contempla a ligação rápida entre as capitais”. Por isso, asseguraram que o projecto não contribuirá para solucionar os problemas de transporte público, nem os problemas derivados da passagem de camiões.
Do mesmo modo, qualificaram o projecto como uma demonstração clara do “capitalismo devorador”. “Dá impulso a um modelo esbanjador e expansionista a qualquer custo”, sublinharam a este respeito.
Os membros da AHT Gelditu! de Goierri insistiram na necessidade de a cidadania se mobilizar contra o projecto, “para dizer que não precisamos dele nem o queremos”.
O acto também incluiu uma paródia na qual “tomou a palavra ‘o lehendakari’, que se dirigiu aos assistentes insistindo na necessidade da consulta”.
Entretanto, o acampamento contra o TGV que arrancou na quinta-feira em Zaldibia prossegue com um programa bem recheado. Até ao momento, os participantes e os visitantes puderam conhecer a experiência de outros grupos “de luta anti-expansionista”. Na sexta-feira, puderam também desfrutar dos bertsos de Unai Muñoa, Uxue Alberdi, Aitor Sarriegi e Iñigo Mantzisidor.
Para ontem, domingo, estava prevista uma marcha montanhista pelo vale de Mariaratz, seguida de um almoço em Lazkao. Para o resto do dia, o programa incluía, na parte da tarde, a apresentação do livro Naturaleza, ruralidad y civilización, de Felix Rodrigo, e, após o regresso a Zaldibia, a representação da obra Klowntuz mendia.
Fonte: Gara
Programa do acampamento contra o TGV em: AHT-ren_Aurkako_Asanblada