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Junto ao monólito que recorda o lugar em que caiu morto Germán Rodríguez, faz hoje 30 anos, colocaram-se flores, e dois dantzaris bailaram um aurresku [dança solene tradicional basca] depois de se ter prestado homenagem à ikurriña.
Também assistiu ao acto um irmão de Joseba Barandiaran, que morreu três dias depois, em Donostia, também na sequência de disparos da polícia espanhola, numa manifestação em que se protestava pela morte de Rodríguez. Tal como referiram, com esta iniciativa pretendeu-se homenagear “todos os que deram a vida pela liberdade deste povo”.
“Duas balas, dois jovens empenhados, um mesmo sangue”, destacou Charo Pardo, que interveio em representação das peñas.
O cantautor Fermin Balencia interpretou a canção «Hilarria», que compôs para o evento, e em seguida dois membros da plataforma Sanfermines 78 gogoan leram, em euskara e castelhano, um comunicado em que sublinham que símbolos como o monólito de Germán Rodríguez representam “a nossa intransigência em relação ao esquecimento” e “a rejeição das tentativas de rematar o assunto no meio do silêncio, da mentira e da impunidade”.
Daqueles acontecimentos, denunciam, “o maior traumatismo chama-se União do Povo Navarro”, que “surgiu pouco tempo depois da agressão e continua empenhada em mudar a nossa cidade, para a converter numa localidade profundamente conservadora, uniforme, cinzenta e espanhola”.
Durante a homenagem, também se procedeu à leitura de uma carta enviada da prisão pelo mahaikide [porta-voz] Patxi Urrutia, agradeceu-se às associações e aos indivíduos que apoiaram a plataforma e lembraram-se os 70 profissionais do Direito que subscreveram um documento de denúncia e exigência à Administração – porque a morte de Rodríguez nunca foi julgada.
Fonte: Gara