terça-feira, 29 de julho de 2008

Em Iruñea: agentes da polícia local confiscam câmara a jornalista e Ian Tabar foi submetido a julgamento

A Polícia Municipal de Iruñea (Pamplona) confiscou ontem a câmara fotográfica a uma redactora do GARA, que a estava a utilizar em trabalho, enquanto cobria um protesto que decorria na Udaletxe plaza da capital navarra. Os agentes referiram que irão transmitir este procedimento ao juiz, e que será este a decidir a devolução, ou não, da máquina.

O protesto de ontem estava relacionado com o julgamento que já hoje se iniciou contra o jovem iruindarra Ian Tabar, que pode vir a ingressar na prisão por colar cartazes. Ontem, amigos e pessoas solidárias saíram à rua numa kalejira para denunciar esta situação e informar os transeuntes da Parte Velha de Iruñea. Dois jovens prenderam-se com correntes à porta da Câmara Municipal, como forma de mostrar que em Iruñea (Pamplona) se pode ir parar à prisão por colar cartazes.

Fonte: Gara

Mais informação sobre o protesto de ontem: euskalherria.indymedia



Julgamento de Ian Tabar em Iruñea

Já hoje, teve início o julgamento do jovem de Iruñea Ian Tabar na Audiência Provincial, sob acusação de resistência grave à autoridade. O magistrado pediu um ano de prisão. Se o juiz Fermin Otamendi o condenar, poderá dar entrada na prisão, quando se encontra em liberdade condicional por uma condenação anterior imposta pelo mesmo juiz, num cenário que o movimento “okupa” qualificou como “uma montagem policial”.

Ian Tabar relatou a www.apurtu.org que a própria médica forense, com base no relatório médico, desmontou a versão policial, segundo a qual Ian teria resistido à detenção e as lesões que exibia teriam sido provocadas no momento em que a polícia precisara de recorrer à força para o dominar. De acordo com a médica, as lesões que Ian apresentava na cabeça indicavam que o jovem tinha levado socos, tal como o próprio denunciara.

O jovem aguarda agora pela leitura da sentença.

Fonte: Apurtu