Uma representação dos imputados no «caso Udalbiltza» começou um giro de vários dias por diferentes países europeus com a intenção de divulgar o processo político que lhes moveram e dar conta do apoio manifestado por mais de 1000 representantes municipais bascos. Até ao momento, Expe Iriarte e Juan Karlos Alduntzin mantiveram audiências com uma formação sueca representada no Parlamento Europeu e com membros do Parlamento da Flandres.
Ante a proximidade do julgamento, ainda sem início marcado, as pessoas processadas pelo seu envolvimento na Udalbiltza decidiram levar a denúncia também para o âmbito internacional. Uma representação percorre vários países da Europa desde segunda-feira com a missão de dar a conhecer a diversos responsáveis institucionais um processo político que afecta gravemente eleitos de uma outra nação europeia: Euskal Herria.
Nestes contactos, informam que no banco dos réus se irão sentar nada menos que 22 membros da instituição nacional basca e que estes incorrem em penas que oscilam entre os 10 e os 23 anos de prisão. Tanto a Procuradoria como o grupo de extrema-direita Dignidad y Justicia os acusam exclusivamente por promoverem iniciativas em áreas como a educação, o euskara, o desenvolvimento económico ou o desporto, de uma forma semelhante à que qualquer outra instituição o poderia desenvolver. Para a acusação, no entanto, tudo isto se fez às ordens da ETA.
Nas reuniões que já realizaram e nas que se levarão a cabo, informa-se também que os imputados receberam o apoio de mais de mil representantes e ex-representantes municipais.
A todas as instâncias
As assinaturas que denunciam o processo e afirmam o reconhecimento da legitimidade da actuação da Udalbiltza são de membros da esquerda abertzale, do PNV, EA, AB, Aralar, Nafarroa Bai, IUN ou formações independentes. E a intenção dos imputados é levá-las até instituições como a ONU, o Parlamento Europeu, o Conselho da Europa ou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Paralelamente, leva-se a cabo esta campanha de informação e denúncia, que teve início na segunda-feira com a reunião mantida por Juan Karlos Alduntzin e Expe Iriarte -ambos imputados no caso - com a eurodeputada sueca Eva-Britt Svensson, do partido de esquerda Vansterpartiet, que obteve 6% nas últimas eleições gerais no seu país.
Anteontem, Alduntzin e Iriarte foram até ao Parlamento da Flandres, onde foram recebidos de modo oficial pelo seu presidente, Jan Peumans. Posteriormente, teve lugar uma reunião a que se juntaram os deputados Ward Kennes (CD&V), Matthias Diependaele e Marc Hendricks (ambos do N-VA), assim como o advogado especializado em direitos humanos Piet de Pauw. Segundo disseram os enviados bascos, depois de conhecer os pormenores do processo, todos eles mostraram a sua surpresa pela existência de um ataque assim a representantes eleitos no âmbito europeu.
Os representantes da Udalbiltza reuniram-se ainda com Kim Geylebs e David Manaigre, representantes da juventude do partido N-VA, que se declararam também dispostos a dar apoio aos processados e transmitir as suas denúncias.
O apoio ao Egunkaria a todo o gás, a uma semana do julgamento
A apenas seis dias do início do julgamento na Audiência Nacional espanhola - terça-feira, 15 -, têm-se multiplicado as iniciativas de apoio aos cinco membros do Euskaldunon Egunkaria que se sentarão no banco dos réus. Eles mesmos se estão a encarregar de passar a mensagem terra a terra, em muitos casos. Assim, ontem Txema Auzmendi participou num debate em Azpeitia (Gipuzkoa) e Xabier Oleaga fez o mesmo em Zamudio (Bizkaia). Na audiência oral serão também julgados Iñaki Uria, Joan Mari Torrealdai e Martxelo Otamendi, director do periódico encerrado pela Guarda Civil.
A campanha «Egunkaria libre!» prosseguirá hoje com debates em Ondarroa, Portugalete e Bilbo (Bizkaia), onde a partir das 20h, na Arrupe Etxea, serão intervenientes Iñaki Uria e o ex-presidente do PNV Xabier Arzalluz.
Uma vez iniciada a audiência, que só prosseguirá depois do Natal, o prato forte da denúncia popular deste caso será a manifestação convocada para Bilbau no dia 19 de Dezembro. Essa manifestação foi anunciada numa das iniciativas de protesto contra o caso que mais êxito conheceram: o concerto no Kursaal, em Donostia, a 29 de Novembro, em que se juntaram muitos artistas bascos e cerca de 2000 pessoas. No domingo, o protesto solidário também se fez ouvir bem alto na iniciativa «Azoka hustu, plaza bete» [a feira vazia, a praça cheia], em Durango (Bizkaia).Ante a proximidade do julgamento, ainda sem início marcado, as pessoas processadas pelo seu envolvimento na Udalbiltza decidiram levar a denúncia também para o âmbito internacional. Uma representação percorre vários países da Europa desde segunda-feira com a missão de dar a conhecer a diversos responsáveis institucionais um processo político que afecta gravemente eleitos de uma outra nação europeia: Euskal Herria.
Nestes contactos, informam que no banco dos réus se irão sentar nada menos que 22 membros da instituição nacional basca e que estes incorrem em penas que oscilam entre os 10 e os 23 anos de prisão. Tanto a Procuradoria como o grupo de extrema-direita Dignidad y Justicia os acusam exclusivamente por promoverem iniciativas em áreas como a educação, o euskara, o desenvolvimento económico ou o desporto, de uma forma semelhante à que qualquer outra instituição o poderia desenvolver. Para a acusação, no entanto, tudo isto se fez às ordens da ETA.
Nas reuniões que já realizaram e nas que se levarão a cabo, informa-se também que os imputados receberam o apoio de mais de mil representantes e ex-representantes municipais.
A todas as instâncias
As assinaturas que denunciam o processo e afirmam o reconhecimento da legitimidade da actuação da Udalbiltza são de membros da esquerda abertzale, do PNV, EA, AB, Aralar, Nafarroa Bai, IUN ou formações independentes. E a intenção dos imputados é levá-las até instituições como a ONU, o Parlamento Europeu, o Conselho da Europa ou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Paralelamente, leva-se a cabo esta campanha de informação e denúncia, que teve início na segunda-feira com a reunião mantida por Juan Karlos Alduntzin e Expe Iriarte -ambos imputados no caso - com a eurodeputada sueca Eva-Britt Svensson, do partido de esquerda Vansterpartiet, que obteve 6% nas últimas eleições gerais no seu país.
Anteontem, Alduntzin e Iriarte foram até ao Parlamento da Flandres, onde foram recebidos de modo oficial pelo seu presidente, Jan Peumans. Posteriormente, teve lugar uma reunião a que se juntaram os deputados Ward Kennes (CD&V), Matthias Diependaele e Marc Hendricks (ambos do N-VA), assim como o advogado especializado em direitos humanos Piet de Pauw. Segundo disseram os enviados bascos, depois de conhecer os pormenores do processo, todos eles mostraram a sua surpresa pela existência de um ataque assim a representantes eleitos no âmbito europeu.
Os representantes da Udalbiltza reuniram-se ainda com Kim Geylebs e David Manaigre, representantes da juventude do partido N-VA, que se declararam também dispostos a dar apoio aos processados e transmitir as suas denúncias.
O apoio ao Egunkaria a todo o gás, a uma semana do julgamento
A apenas seis dias do início do julgamento na Audiência Nacional espanhola - terça-feira, 15 -, têm-se multiplicado as iniciativas de apoio aos cinco membros do Euskaldunon Egunkaria que se sentarão no banco dos réus. Eles mesmos se estão a encarregar de passar a mensagem terra a terra, em muitos casos. Assim, ontem Txema Auzmendi participou num debate em Azpeitia (Gipuzkoa) e Xabier Oleaga fez o mesmo em Zamudio (Bizkaia). Na audiência oral serão também julgados Iñaki Uria, Joan Mari Torrealdai e Martxelo Otamendi, director do periódico encerrado pela Guarda Civil.
A campanha «Egunkaria libre!» prosseguirá hoje com debates em Ondarroa, Portugalete e Bilbo (Bizkaia), onde a partir das 20h, na Arrupe Etxea, serão intervenientes Iñaki Uria e o ex-presidente do PNV Xabier Arzalluz.
Fonte: Gara