domingo, 13 de dezembro de 2009

Os primeiros processados por pertencerem à Segi, em liberdade


Nove jovens bascos estão a ser postos em liberdade durante estes dias. Trata-se dos primeiros processados por pertencerem à Segi e cumpriram seis anos de prisão pelo seu trabalho político. Perto de 200 jovens estão envolvidos em processos similares.

Os jovens independentistas presos na primeira operação contra a Segi, em Março de 2002, e novamente detidos em Fevereiro de 2007 no frontão bilbaíno de La Esperanza recuperam a liberdade durante estes dias, depois de cumprirem integralmente os seis anos de cadeia a que foram condenados pela Audiência Nacional espanhola por emprenderem um trabalho político.

Iker Frade, Asier Iñigo, David Lizarralde e Xabi Abasolo já se encontram entre os seus e hoje serão Ainara Frade, Aiboa Casares, Arkaitz Martínez de Albeniz, Asier Otxoa de Retana e Unai Gonzalez a conhecerem a mesma sorte.

No entanto, regressam a Euskal Herria poucos dias depois de uma outra operação contra os jovens se ter saldado com 34 jovens independentistas detidos, dos quais 31 não regressaram a casa, sendo encarcerados em diversas prisões espanholas. Sobre eles pesa uma só acusação: serem militantes da Segi.

O primeiro a deixar a prisão foi o donostiarra Asier Iñigo. Este jovem deixou para trás a prisão de Valência, na qual passou os últimos três anos, na quinta-feira de manhã e, assim que chegou ao bairro de Antiguo, foi recebido pelos seus vizinhos, entre abraços e beijos. Houve lugar a uma homenagem simples, que incluiu um aurresku de honra e uma oferenda floral.

Xabi Abasolo, que foi porta-voz da Duina, coordenadora juvenil contra a precariedade, abandonou a prisão de Daroca na sexta-feira de manhã, onde era esperado pelos familiares. Por volta do meio-dia já estava de volta à sua Gasteiz natal, onde as saudações de boas-vindas prosseguiram durante todo o dia, e muito especialmente na concentração a favor dos direitos dos presos, ao anoitecer.

Tal como Abasolo, também o bilbaíno David Lizarralde deixou para trás o período de cativeiro, abandonando a prisão de Valhadolide.

Passaram quase três anos desde que a Ertzaintza, cumprindo ordens da Audiência Nacional espanhola, prendeu estes jovens, juntamente com mais nove, quando se encontravam no frontão de La Esperanza, em Bilbau, acompanhados por centenas de jovens e adultos que os acarinhavam.

Só Ibon Meñika e Markel Ormazabal continuam na cadeia em virtude das penas a que foram condenados depois desta primeira operação contra a organização juvenil Segi. Aquela sentença, além de blindar a teoria do «tudo é ETA», abriu a temporada da caça à juventude basca, de modo que nos dois últimos anos quase 200 jovens se viram envolvidos na operações contra a Segi.

A última, com 34 detidos, ainda continua a ser denunciada dentro e fora de Euskal Herria, como na Argentina e em Madrid.

O. L.
Fonte: Gara

Ongi etorri a Aiboa Casares, em Astrabudua (Bizkaia), 12/12/2009


É um ongi etorri, simples, mas um ongi etorri, que é uma espécie de boas-vindas mas mais do que isso. Há um povo em luta pela liberdade, pela possibilidade da sua afirmação como povo «no concerto das nações», e a repressão é muita. Um ongi etorri é de Euskal Herria e é da Humanidade. É seguramente mais que boas-vindas. Ongi etorri! Fonte: KoskaIrratia via kaosenlared.net