segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Sortzen-Ikasbatuaz reivindica o direito à construção de um sistema educativo próprio


A Sortzen-Ikasbatuaz denunciou publicamente, na quinta-feira passada, os últimos ataques de que o sistema educativo basco foi alvo por parte dos Governos de Nafarroa, Gasteiz e do Estado francês. Fizeram ainda um apelo à união de forças e a uma resposta contundente a esses ataques.

Em primeiro lugar, criticaram a atitude que o Governo de Lakua mantém relativamente ao euskara, nomeadamente ao tentar evitar que o euskara seja o idioma escolar. A «única» forma de os alunos recuperarem o euskara é assegurar a sua utilização nas aulas, opinaram. No entanto, quando mantêm modelos que sobrepõem o francês ou o espanhol, «só deixam em evidência a negação do direito ao conhecimento do nosso idioma», referiram.

Para além disso, recordaram que, com «o novo ataque» que consiste em fazer desaparecer dos manuais escolares o termo Euskal Herria, ou esvaziando-o de significado, «só procuram levar à descaracterização cultural» da sociedade no seu todo.

Para a Sortzen-Ikasbatuaz é «imprescindível» construir um sistema educativo próprio que garanta a sobrevivência do povo e da cultura basca. «Um sistema que dê prioridade ao euskara e à cultura», sublinharam.

Por outro lado, criticaram as atitudes que tanto o Governo de Lakua como o de Nafarroa têm mantido para com a Sortzen-Ikasbatuaz. Os dois governos recusaram reunir-se com este agente social. Referiram também que, depois de um acordo estabelecido, até ao ano lectivo anterior a Sortzen-Ikasbatuaz contava com dois professores designados. Não obstante, em Junho foram avisados pelo telefone que já não podiam contar com essas duas pessoas.
Fonte: Gara

Ver também: «A Sortzen-Ikasbatuaz denuncia cortes orçamentais no euskara», em nafarroan.com