sábado, 19 de dezembro de 2009

Presos, repressão, solidariedade


«Detenções preventivas»: pedem penas de prisão pesadas para os treze jovens
O magistrado continuou a pedir, na última sessão do julgamento, que decorreu na quinta-feira, penas que oscilam entre os sete e os dez anos de prisão para treze pessoas que foram alvo das chamadas «detenções preventivas» há seis anos e que durante os últimos dias se têm sentado no banco dos réus da Audiência Nacional espanhola.
Foram todos presos entre Outubro e Novembro de 2003, com o argumento de que os seus nomes apareciam em documentação apreendida a militantes da ETA. A maioria desmentiu no julgamento, que se iniciou na quarta-feira passada no tribunal de excepção, ter recebido qualquer tipo de proposta para entrar na ETA. No entanto, o magistrado continua a pedir pesadas penas de prisão.
A pena mais elevada é pedida para Ikerne Indakoetxea, Ramón López, Zugaitz Izagirre e Carlos Martín, por alegada prática do delito «de integração na ETA», enquanto para os restantes são solicitados sete anos de cadeia por «colaboração».
O protesto contra este julgamento repetiu-se nas localidades de onde os processados são naturais, com especial ênfase no sábado em Iruñea, bem como em Madrid, onde chegava todos os dias um autocarro proveniente de Euskal Herria. [Na foto, protesto em Eibar, Gipuzkoa.]
Fonte: Gara

Mais sete presos perderam as suas visitas
Tal como se tem verificado nas últimas semanas, continuam a ser muitos os casos de presos que se vêm impossibilitados de estar com os seus familiares devido às inspecções físicas a que os pretendem sujeitar à entrada dos encontros. A Etxerat informou anteontem que cinco presos encarcerados em Ocaña II perderam a sua visita, da mesma forma que Jon Garai na prisão de Burgos e Jon Urkizu na de Alcazar de San Juan.
Perante esta cascata de vetos aos encontros íntimos e demais visitas a que os presos têm direito, estes estão a empreender diversos protestos nas prisões. Assim, tanto na prisão de Valdemoro como na de Almeria avisaram que, se perderem mais alguma visita, na próxima semana haverá fechamentos nas celas.
Por outro lado, o preso donostiarra Iker Beristain denunciou ter sido «insultado e ameaçado» por guardas civis durante uma transferência.
Em prol dos presos 40 pessoas concentraram-se anteontem em Arrosadia (Iruñea); 56 em Burlata; 50 em Donibane (Iruñea) e Basauri; 51 em Iturrama (Iruñea) e 75 em Eibar.
Fonte: Gara

Mikel Lizarribar e Leire Urrutia em liberdade
Os presos políticos Leire Urrutia e Mikel Lizarribar abandonaram a prisão ontem de manhã, segundo fez saber o Movimento pró-Amnistia.
Os dois cidadãos bascos foram detidos pela Ertzaintza no dia 19 de Dezembro de 2007 para cumprirem uma pena de prisão decretada pela Audiência Nacional espanhola.
Os dois presos bilbotarras conheceram a dispersão pelas prisões espanholas durante estes dois anos. Mikel Lizarribar permaneceu na de Teruel até ontem, enquanto Leire Urrutia, por seu lado, passou por Mansilla, Valhadolide e Brieva, onde se encontrava actualmente.
Fonte: Gara