Os juízes da Audiência Nacional espanhola Fernando Grande-Marlaska e Pablo Ruz, que ouviram as declarações dos oito jovens de Oarsoaldea e dos dois de Barakaldo, respectivamente, decretaram prisão incondicional para nove deles – Oihana Mujika, Alain Luna, Hodeiertz Urain, Maitane Linazasoro, Egoitz Urbe, Oinatz Arbelaitz, Iker Zabala, Jon Villanueva e Asier Gómez –, e prisão evitável sob fiança de 6000 euros para Imanol Sagarzazu.
A decisão dos magistrados teve lugar a instâncias do Ministério Público, que, no final das comparências, pediu exactamente as medidas que vieram a ser concretizadas.
A Askatasuna informou que os barakaldarras Jon Villanueva e Asier Gómez ingressaram na prisão de Soto del Real, e que Sagarzazu recuperou a liberdade depois de pagar a fiança.
Denúncia da Askatasuna
A Askatasuna criticou com dureza as últimas detenções ocorridas em Donostia, e considera que estas respondem à “estratégia repressiva que o Governo espanhol dirige contra o independentismo basco”. “Todo aquele que se move a favor da independência, em especial a juventude, encontra-se no ponto de mira da repressão”, censuraram.
Depois de questionarem se “não se dão conta de que, após 30 anos de repressão, este caminho é estéril para terminar com a luta em prol do independentismo”, consideram que “o sistema judicial” e, em especial, a Audiência Nacional, “joga um papel primordial na matéria”.
“Denunciamos com contundência esta guerra de tribunais, disfarçada por ‘tribunais de justiça’, que impulsiona as detenções, a impunidade e a tortura”, referiram, para logo acrescentar que “no sistema judicial espanhol não há justiça para os Bascos”.
Perante isto, apelaram aos cidadãos para que participem nas mobilizações convocadas por causa destas detenções.
Fonte: Gara
Imagem: kaos