Os dez jovens, sobre quem pendia um mandato de captura desde as operações policiais efectuadas em Oarsoaldea, nos dias 18 e 22 de Abril, e em Barakaldo, a 6 de Maio, compareceram esta manhã em Oiartzun, tendo-se dirigido posteriormente ao Tribunal de Guarda de Donostia, com a intenção de prestar declarações.
Contudo, agentes da Polícia espanhola vestidos à paisana já os esperavam e impediram-nos de entrar nas instalações judiciais. Depois de os identificarem, e também aos seus familiares, procederam à sua detenção, um a um, enquanto a Ertzaintza afastava as pessoas que se juntaram no local e tentava dificultar o trabalho dos meios de comunicação.
De acordo com a Askatasuna, os dez jovens permanecem em regime de comunicação nas dependências da Polícia espanhola em Donostia, esperando-se que compareçam amanhã perante o magistrado da Audiência Nacional Fernando Grande-Marlaska.
Presença massiva em Oiartzun
Antes de serem detidos, Alain Luna, Hodeiertz Urain, Oihana Mujika, Maitane Linazasoro, Egoitz Urbe, Oinatz Arbelaitz, Imanol Sagarzazu, Iker Zabala, Jon Villanueva e Asier Gómez compareceram em Oiartzun junto a dois advogados, e aconchegados pelos familiares e gente amiga.
Ataviados com T-shirts vermelhas nas quais se lia «Gazte eta aske, irabazi arte» [Jovem e livre, até à vitória], estes dez jovens explicaram que solicitaram por diversas vezes à Audiência Nacional a possibilidade de prestarem declarações, petição que sempre viram denegada, e que ainda obtinha como resposta uma convocatória para irem declarar à esquadra.
Depois de fazerem uma breve passagem pelas últimas operações policiais na comarca de Oarsoaldea e em Barakaldo, e recordarem que houve várias denúncias de tortura, contextualizaram tudo isso na “estratégia do PSOE para aniquilar os jovens independentistas” e realçaram que, apesar de as operações se efectuarem sob o argumento da kale borroka [violência urbana], o objectivo de tudo isto é apenas “julgar a militância política” e “criminalizar a juventude, que é o motor” da luta pela independência.
Apesar de tudo, expressaram a sua determinação de continuar a trabalhar em prol de Euskal Herria. “Não somos terroristas, e o nosso único delito é sermos jovens e independentistas”, referiram, ao mesmo tempo que apelaram à juventude para que “continue a lutar”.
Denúncia da Askatasuna
A Askatasuna condenou com veemência estas detenções e assegura que esta nova “aposta” da Audiência Nacional tem como propósito “ampliar a impunidade da Polícia nas esquadras” em relação aos detidos.
“Que sentido tem deter jovens que manifestaram a sua vontade para prestar declarações?”, questionaram-se.
Assim, consideram “muito grave” a actuação dos juízes do tribunal especial, e que estas medidas contribuem para que “os detidos possam ser submetidos à tortura”.
Na sua perspectiva, “é evidente o papel que a Audiência Nacional desempenha na estratégia repressiva que o Governo espanhol está a levar a cabo contra o independentismo basco”, e censuraram que estes jovens tenham sido detidos “por realizarem um trabalho político em prol da independência”.
Contudo, agentes da Polícia espanhola vestidos à paisana já os esperavam e impediram-nos de entrar nas instalações judiciais. Depois de os identificarem, e também aos seus familiares, procederam à sua detenção, um a um, enquanto a Ertzaintza afastava as pessoas que se juntaram no local e tentava dificultar o trabalho dos meios de comunicação.
De acordo com a Askatasuna, os dez jovens permanecem em regime de comunicação nas dependências da Polícia espanhola em Donostia, esperando-se que compareçam amanhã perante o magistrado da Audiência Nacional Fernando Grande-Marlaska.
Presença massiva em Oiartzun
Antes de serem detidos, Alain Luna, Hodeiertz Urain, Oihana Mujika, Maitane Linazasoro, Egoitz Urbe, Oinatz Arbelaitz, Imanol Sagarzazu, Iker Zabala, Jon Villanueva e Asier Gómez compareceram em Oiartzun junto a dois advogados, e aconchegados pelos familiares e gente amiga.
Ataviados com T-shirts vermelhas nas quais se lia «Gazte eta aske, irabazi arte» [Jovem e livre, até à vitória], estes dez jovens explicaram que solicitaram por diversas vezes à Audiência Nacional a possibilidade de prestarem declarações, petição que sempre viram denegada, e que ainda obtinha como resposta uma convocatória para irem declarar à esquadra.
Depois de fazerem uma breve passagem pelas últimas operações policiais na comarca de Oarsoaldea e em Barakaldo, e recordarem que houve várias denúncias de tortura, contextualizaram tudo isso na “estratégia do PSOE para aniquilar os jovens independentistas” e realçaram que, apesar de as operações se efectuarem sob o argumento da kale borroka [violência urbana], o objectivo de tudo isto é apenas “julgar a militância política” e “criminalizar a juventude, que é o motor” da luta pela independência.
Apesar de tudo, expressaram a sua determinação de continuar a trabalhar em prol de Euskal Herria. “Não somos terroristas, e o nosso único delito é sermos jovens e independentistas”, referiram, ao mesmo tempo que apelaram à juventude para que “continue a lutar”.
Denúncia da Askatasuna
A Askatasuna condenou com veemência estas detenções e assegura que esta nova “aposta” da Audiência Nacional tem como propósito “ampliar a impunidade da Polícia nas esquadras” em relação aos detidos.
“Que sentido tem deter jovens que manifestaram a sua vontade para prestar declarações?”, questionaram-se.
Assim, consideram “muito grave” a actuação dos juízes do tribunal especial, e que estas medidas contribuem para que “os detidos possam ser submetidos à tortura”.
Na sua perspectiva, “é evidente o papel que a Audiência Nacional desempenha na estratégia repressiva que o Governo espanhol está a levar a cabo contra o independentismo basco”, e censuraram que estes jovens tenham sido detidos “por realizarem um trabalho político em prol da independência”.
Fonte: Gara
2.
Déjà vu. Define-se com este galicismo a experiência de sentir que se testemunhou ou se experimentou previamente uma situação que não é nova. Aconteceu a vários jovens donostiarras em Dezembro e voltou a acontecer hoje. Os polícias espanhóis voltaram a deixar claro que os tribunais não recebem cidadãos bascos sem que estes passem antes pelas suas mãos.
Crónica completa, por Gari MUJIKA: Gara