Aos 27 anos, em 1979, viu-se obrigado exilar-se para o outro lado do Bidasoa. Dali, para o México distante, onde constituiu família. Desde ontem, os seus restos descansam na terra de onde tinha partido havia já duas décadas. As cinzas de José Antonio Otxoantesana, conhecido como Okana, chegaram ontem à tarde ao aeroporto biscainho de Loiu, seguramente o regresso que menos teria desejado, e foi recebido por militantes pró-amnistia e familiares.
O avião procedente do México, onde viajavam as cinzas de Okana, trazidas por um dos seus filhos, aterrou por volta das 17h em Loiu. Okana faleceu na sequência de um derrame cerebral que sofreu na localidade mexicana de Mazatlán, e depois de ter passado dois dias em estado de coma.
Militantes pró-amnistia e familiares deram-lhe as boas-vindas e saudaram-no com uma fileira de ikurriñas, um aurresku e a entrega de um ramo de flores, mesmo à saída do terminal. Um agradecimento do Movimento pró-Amnistia. “A sua morte foi um duro golpe, já que as suas portas estavam sempre abertas para qualquer basco, e sempre disposto a dar uma mão”, realçavam.
Há uma semana, cerca de 250 pessoas juntaram-se em Ondarroa, a sua terra natal, para o evocar. Ontem, essa homenagem simples repetiu-se em Loiu e depois na localidade biscainha de Lea-Artibai, onde várias centenas de pessoas recordaram a sua figura e, em seguida, lançaram parte das suas cinzas ao mar, no molhe.
O acto teve lugar em frente ao edifício da confraria velha, uma vez que o Município inviabilizou a utilização do interior do imóvel, facto ontem denunciado pelo Movimento pró-Amnistia. Também denunciou a retirada dos crepes nas ikurriñas e de um tocha instalada em Lekeitio (Bizkaia) para homenagear Otxoantesana, por parte da Ertzaintza.
Em lembrança de Elías Fernández
No foi o único acto de solidariedade com os perseguidos políticos bascos no dia de ontem. Em Bermeo (Bizkaia), dezenas de pessoas participaram numa manifestação para lembrar a situação do preso Elías Fernández Castañares, natural da localidade e que já passou 23 anos na prisão.
A marcha, que partiu ao princípio da tarde da Goiko Plaza, visou também denunciar a pena perpétua e exigir os direitos dos presos políticos bascos. Há algumas semanas atrás, cerca de 500 assinaturas foram enviadas ao Município de forma a debater uma moção que o PNV e o EA acabariam por aprovar.
Retiram uma faixa de apoio a Mungi em Errepelega
No último dia das festas do bairro de Errepelega, em Portugalete (Bizkaia), a Ertzaintza ocupou metade do recinto festivo para retirar uma faixa em que se denunciava a aplicação da doutrina Parot ao preso originário do bairro Juan Manuel Piriz Mungi, que está há 25 anos na prisão. A faixa foi colocada no local na parte da manhã e retirada por meia dezena de agentes cerca das 17h, por entre os assobios e as críticas de muitos dos presentes, que acusaram os ertzainas de manterem uma atitude grosseira e de fazerem gestos provocativos. Curiosamente, desde o início dos festejos, várias fotos de presos políticos permanecem quietas e impassíveis em Portugalete, algumas das quais em ruas do bairro Errepelega.
O avião procedente do México, onde viajavam as cinzas de Okana, trazidas por um dos seus filhos, aterrou por volta das 17h em Loiu. Okana faleceu na sequência de um derrame cerebral que sofreu na localidade mexicana de Mazatlán, e depois de ter passado dois dias em estado de coma.
Militantes pró-amnistia e familiares deram-lhe as boas-vindas e saudaram-no com uma fileira de ikurriñas, um aurresku e a entrega de um ramo de flores, mesmo à saída do terminal. Um agradecimento do Movimento pró-Amnistia. “A sua morte foi um duro golpe, já que as suas portas estavam sempre abertas para qualquer basco, e sempre disposto a dar uma mão”, realçavam.
Há uma semana, cerca de 250 pessoas juntaram-se em Ondarroa, a sua terra natal, para o evocar. Ontem, essa homenagem simples repetiu-se em Loiu e depois na localidade biscainha de Lea-Artibai, onde várias centenas de pessoas recordaram a sua figura e, em seguida, lançaram parte das suas cinzas ao mar, no molhe.
O acto teve lugar em frente ao edifício da confraria velha, uma vez que o Município inviabilizou a utilização do interior do imóvel, facto ontem denunciado pelo Movimento pró-Amnistia. Também denunciou a retirada dos crepes nas ikurriñas e de um tocha instalada em Lekeitio (Bizkaia) para homenagear Otxoantesana, por parte da Ertzaintza.
Em lembrança de Elías Fernández
No foi o único acto de solidariedade com os perseguidos políticos bascos no dia de ontem. Em Bermeo (Bizkaia), dezenas de pessoas participaram numa manifestação para lembrar a situação do preso Elías Fernández Castañares, natural da localidade e que já passou 23 anos na prisão.
A marcha, que partiu ao princípio da tarde da Goiko Plaza, visou também denunciar a pena perpétua e exigir os direitos dos presos políticos bascos. Há algumas semanas atrás, cerca de 500 assinaturas foram enviadas ao Município de forma a debater uma moção que o PNV e o EA acabariam por aprovar.
Retiram uma faixa de apoio a Mungi em Errepelega
No último dia das festas do bairro de Errepelega, em Portugalete (Bizkaia), a Ertzaintza ocupou metade do recinto festivo para retirar uma faixa em que se denunciava a aplicação da doutrina Parot ao preso originário do bairro Juan Manuel Piriz Mungi, que está há 25 anos na prisão. A faixa foi colocada no local na parte da manhã e retirada por meia dezena de agentes cerca das 17h, por entre os assobios e as críticas de muitos dos presentes, que acusaram os ertzainas de manterem uma atitude grosseira e de fazerem gestos provocativos. Curiosamente, desde o início dos festejos, várias fotos de presos políticos permanecem quietas e impassíveis em Portugalete, algumas das quais em ruas do bairro Errepelega.
Fonte: Gara