sexta-feira, 10 de julho de 2009

Repressão, presos, moções

Denunciam a «agressividade» da última operação policial em Lapurdi e Nafarroa Beherea

Familiares e detidos na operação iniciada pela Polícia francesa no dia 27 de Junho, em Kanbo, com a detenção de Xan Beyrie, que se saldou com doze detidostrês dos quais encarcerados –, compareceram junto a representantes do Movimento pró-Amnistia para denunciar a “agressividade” e a “manipulação” da operação, cujo alvo era, em seu entender, “a juventude basca”.

Dois dos detidos, Ekhi Erramundegi e Txomin Catalogne, disseram que Beyrie foi atirado para o chão depois de lhe terem batido com a cabeça no carro e que os polícias lhe colocaram um saco de plástico na cabeça quando o jovem lhes fez saber que tinha dificuldades em respirar por sofrer de asma.

No caso de Jon Goio, quando o foram deter, atiraram-se contra ele, derrubaram-no e apontaram-lhe uma pistola à cabeça, o que lhe trouxe à lembrança o caso de Jon Anza.
Além disso, a Polícia ameaçou entregar o refugiado tolosarra à Polícia espanhola.

Catalogne afirmou que, enquanto permaneceram nas instalações da Polícia, gritavam com eles e os insultavam continuamente, e diziam que os iam torturar e encarcerar.

Precisaram que quase não os deixaram dormir nem lavar-se e que a pouca comida que lhes deram estava fora de prazo, havia meses.
Denunciaram também a “manipulação e as mentiras” por parte dos funcionários policiais, dirigidas tanto a eles como às suas famílias, às quais disseram que os filhos estavam a fazer uma greve de fome e sede.
Durante os interrogatórios, colocavam-lhes questões sobre a Segi, a Askatasuna, o Batasuna, a Lurra e a ETA, sobre as pessoas que conheciam e a sua opinião sobre temas políticos e sociais.

A representante da Askatasuna Muriel Lucantis referiu que, com esta operação, procuravam “intimidar, amedrontar as pessoas e criar entraves a um projecto político e às liberdades dos cidadãos, neste caso, dos jovens que representam a nova geração da luta”.
Perante esta situação “tão grave”, fizeram um apelo aos cidadãos para que se manifestem no próximo sábado em Donibane Lohizune, a partir das 17h00.

Fonte: Gara

Garitagoitia, Borrero e Plaza foram encarcerados

No sábado passado foram presos no Estado francês os cidadãos bascos Iurgi Garitagoitia, Asier Borrero e Itziar Plaza, e ontem foram presentes à juíza Le Vert, em Paris, que lhes deu ordem de prisão, e acordo com o Movimento pró-Amnistia.

Asier Borrero foi enviado para a prisão de Nanterre, Iurgi Garitagoitia para Bois D'Arcy e Itziar Plaza para Fleury.

Fonte: Gara

Bermeo pede que se acabe de uma vez por todas com a dispersão e com a «pena perpétua»

O Município de Bermeo (Bizkaia), constituído por edis do PNV e do EA [a esquerda abertzale foi ilegalizada pelos “democratas espanhóis”], aprovou recentemente numa sessão plenária uma moção em que solicita o fim “definitivo” da dispersão, a anulação da aplicação da “pena perpétua” a presos que já cumpriram a sua sentença e o respeito pelo “direito” dos presos “a viverem livres em Euskal Herria”.

No texto, solicita-se ainda o fim da “política penitenciária que se aplica em França e Espanha aos presos bascos, como Elías Fernández, Urko Manzisidor, Olatz Egiguren e Juanpa Diéguez, porque infringe os direitos fundamentais”, e que se acabe de uma vez por todas com a “dispersão”.

A moção, que foi apresentada pelo colectivo Bermeorantz presoen aldeko herria asanblada, exige ainda a libertação “imediata e sem condições dos presos que, como Juanpa Diéguez, têm doenças graves e incuráveis”.

Por último, fazem saber que vão transmitir o conteúdo desta moção tanto aos habitantes de Bermeo como “às autoridades espanholas e francesas (juízes, directores de prisões e instituições penitenciárias) e a instâncias internacionais”.

Fonte: kaosenlared.net


O Movimento pró-Amnistia anuncia também uma manifestação para o próximo dia 12 neste porto pesqueiro da Bizkaia, de fortes tradições abertzales. A marcha, que partirá às 13h da Goiko plaza, visa defender os direitos dos presos políticos bascos e é também uma forma de protesto contra a pena perpétua e os 23 anos que Elias Fernández já passou na cadeia.

Fonte: askatu.org