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Representantes da Ahaztuak 1936-77 concentram-se à entrada da catedral para manifestar o seu apoio à missa, que receberam de forma positiva, mas recusaram-se a entrar no templo por considerarem que a catedral não é o lugar mais idóneo, já que numa das paredes está esculpida uma enorme águia imperial, símbolo do franquismo.
Fonte: Gara
Ver também: «Não basta rezar», de Argiñe Arregi e Miren Urkijo, membros da Ahaztuak 1936-1977, em Gara (11/07/2009)
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“Perante isto, da parte da Ahaztuak, associação de vítimas do regime franquista na qual também existem membros da comunidade cristã, queremos felicitar os bispos por esta decisão e animá-los sinceramente a seguir por essa via com inteira determinação, e como primeiro passo pedimos-lhes que se achem meios para ocultar a águia imperial franquista que ainda permanece no interior do templo. Se não se proceder assim, esta presidirá impassível à cerimónia fúnebre, convertendo o acto em qualquer coisa a meio caminho entre o surrealismo e a burla mais cruel à memória destes sacerdotes e à de todas as vítimas do franquismo.
De igual forma, solicitamos aos bispos bascos que, assim como vão inscrever nos registos diocesanos e paroquiais doze sacerdotes, se juntem com todas as suas energias à petição das vítimas do franquismo que requerem a possibilidade de inscrever os nossos familiares assassinados nos registos civis, algo que na maior parte dos casos contínua a não ser possível.Também lhes pedimos que façam todo o possível para incorporar no espírito e nas acções propostas o arcebispo de Pamplona, monsenhor Pérez, que noutras ocasiões se associa com prazer aos manifestos dos bispos bascos mas cuja assinatura se encontra em falta neste documento.”