A Ahaztuak 1936-1977, a associação das vítimas do golpe de estado, da repressão e do regime franquista, vai realizar hoje, pelas 12h, junto à "Ponte de Ferro" de Donostia, uma cerimónia de homenagem aos milhares de desaparecidos na sequência do golpe de estado fascista, tanto em Euskal Herria como no resto da Península.
A data e o local possuem uma importante carga simbólica e um claro significado emocional e político. Por um lado, foi há apenas uma semana que passou o 73.º aniversário do golpe de estado - contra a vontade popular e a legitimidade republicana - e foi apenas há três dias, 22 de Julho, que passou o 40.º aniversário da nomeação-imposição, por parte do ditador Francisco Franco, de Juan Carlos de Borbón, hoje Juan Carlos I de Espanha, como pessoa chamada a substitui-lo à frente do regime, como pessoa destinada a defender e perpetuar os “princípios do Movimento”, algo que aceitou e jurou defender, sem que os cidadãos jamais tenham sido consultados.
Quanto ao local - a ponte de ferro sobre o rio Urumea -, possui uma enorme carga quando, há apenas três semanas, forma encontradas junto a ela valas com os restos mortais de sete homens, de sete republicanos ou independentistas, de sete antifascistas, assassinados e enterrados neste lugar, de sete desaparecidos. Eles eram, são ainda, da mesma forma que dezenas de milhares noutros sítios de Euskal Herria e em toda a península, desaparecidos, e ainda não sabemos os seus nomes, e talvez jamais os venhamos a saber, mas sabemos, isso sim, quem os matou e, mais importante, sabemos porque morreram, porque os mataram. É a eles e aos valores que defendiam, à sua memória e à sua necessária reivindicação e recuperação, que iremos dedicar a nossa cerimónia.
Um sistema que se diz democrático mas que, mais de trinta anos despois da sua instauração, ainda permite que dezenas de milhares de pessoas continuem a perguntar a si mesmas “onde estão?”, em referência aos nossos familiares desaparecidos há setenta, cinquenta, quarenta anos…, ainda possui uma enorme dívida para com a sua memória, com a sua genética e com a sua essência democrática, em suma, com tudo o que isso representa de preocupante.
É por isso que a Ahaztuak 1936-1977 quer convocar para este acto os cidadãos donostiarras, gipuzkoanos, bascos… e todas aquelas pessoas que entendam a justiça e a necessidade humana e democrática das nossas reivindicações como vítimas do regime franquista - e ainda exigimos verdade, reparação e justiça, ainda exigimos essa verdadeira democracia em que os nossos acreditaram e nós também acreditamos.
A data e o local possuem uma importante carga simbólica e um claro significado emocional e político. Por um lado, foi há apenas uma semana que passou o 73.º aniversário do golpe de estado - contra a vontade popular e a legitimidade republicana - e foi apenas há três dias, 22 de Julho, que passou o 40.º aniversário da nomeação-imposição, por parte do ditador Francisco Franco, de Juan Carlos de Borbón, hoje Juan Carlos I de Espanha, como pessoa chamada a substitui-lo à frente do regime, como pessoa destinada a defender e perpetuar os “princípios do Movimento”, algo que aceitou e jurou defender, sem que os cidadãos jamais tenham sido consultados.
Quanto ao local - a ponte de ferro sobre o rio Urumea -, possui uma enorme carga quando, há apenas três semanas, forma encontradas junto a ela valas com os restos mortais de sete homens, de sete republicanos ou independentistas, de sete antifascistas, assassinados e enterrados neste lugar, de sete desaparecidos. Eles eram, são ainda, da mesma forma que dezenas de milhares noutros sítios de Euskal Herria e em toda a península, desaparecidos, e ainda não sabemos os seus nomes, e talvez jamais os venhamos a saber, mas sabemos, isso sim, quem os matou e, mais importante, sabemos porque morreram, porque os mataram. É a eles e aos valores que defendiam, à sua memória e à sua necessária reivindicação e recuperação, que iremos dedicar a nossa cerimónia.
Um sistema que se diz democrático mas que, mais de trinta anos despois da sua instauração, ainda permite que dezenas de milhares de pessoas continuem a perguntar a si mesmas “onde estão?”, em referência aos nossos familiares desaparecidos há setenta, cinquenta, quarenta anos…, ainda possui uma enorme dívida para com a sua memória, com a sua genética e com a sua essência democrática, em suma, com tudo o que isso representa de preocupante.
É por isso que a Ahaztuak 1936-1977 quer convocar para este acto os cidadãos donostiarras, gipuzkoanos, bascos… e todas aquelas pessoas que entendam a justiça e a necessidade humana e democrática das nossas reivindicações como vítimas do regime franquista - e ainda exigimos verdade, reparação e justiça, ainda exigimos essa verdadeira democracia em que os nossos acreditaram e nós também acreditamos.
Fonte: kaosenlared.net