segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dulantzi, 18 de Julho: acção directa contra o franquismo



Dezenas de pessoas responderam ao apelo da Ahaztuak 1936-1977, e juntaram-se na localidade alavesa para participar na Jornada Antifranquista, por ocasião do 73.º aniversário do golpe de Estado fascista.
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Com esta convocatória, a associação Ahaztuak pretendia dar a conhecer a política da ditadura e as atitudes neofranquistas que prevalecem actualmente com total impunidade e, simultaneamente, homenagear a memória das vítimas do franquismo e exigir verdade e justiça.
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Depois de o som da txalaparta e dos bertsos de Oihane Perea darem início às actividades, dois representantes da Ahaztuak abordaram a impunidade reinante sobre o negacionismo do genocídio franquista e recordaram as palavras do vereador do PP em Dulantzi em resposta à moção apresentada há alguns meses neste Município.
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Essa moção, em que se pedia que o Município elaborasse um censo com todas as vítimas do franquismo de Dulantzi e que procedesse à retirada da simbologia franquista da localidade, foi rejeitada com os três votos contra do PP e do PSOE e as três abstenções do PNV, contando apenas com o apoio da esquerda abertzale e do EA.
No entanto, há que realçar que os vereadores de uma lista independente não estiveram presentes naquela sessão plenária, e os seus votos teriam sido determinantes para fazer avançar a proposta. Também por isso, a Ahaztuak crê que em Dulantzi a maioria dos cidadãos está a favor dessa moção.
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A Ahaztuak também não podia deixar de abordar a campanha de guerra suja contra a memória histórica que Euskal Herria tem sofrido nos últimos tempos, e os seus membros referiram-se à sucessão de ataques fascistas contra monumentos e placas, como os que ocorreram em Baztan, Aritxulegi ou Artika.
E tudo isto em consonância com uma política pública institucional que nega, silencia e apaga uma boa parte do sofrimento deste povo, o que aumenta a necessidade de criar maior consciência popular sobre a verdadeira dimensão dos crimes franquistas.
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Depois das intervenções, teve início uma kalejira [marcha] pelas ruas de Dulantzi, na qual participaram dezenas de pessoas em ritmo de festa e com propósito reivindicativo, homenageando as vítimas da ditadura. Durante a kalejira vários habitantes aproveitaram a ocasião para retirar as placas franquistas com o jugo e as flechas que ainda resistiam à passagem do tempo. «Acabou a impunidade», disseram, e retiraram seis placas, entre os aplausos das pessoas presentes.
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Os membros da Ahaztuak também aplaudiram essa atitude e a associação diz que não pode fazer outra coisa senão felicitar aqueles que mostraram como se passa das palavras às acções: melhor que dizer é fazer. Por isso, "zorionak Dulantzi" [parabéns, Dulantzi].
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Enquanto isto acontecia, numerosas pessoas dirigiram-se à Herriko enparantza, palco da esposição «Dulantzi 1936-1942», montada pela Ahaztuak 1936-1977, e onde se indicam os nomes das vítimas desta localidade e diversas circunstâncias que lhes estão associadas.
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Fonte: kaosenlared.net