A Comissão Mista de Festas aceitou ontem Sonia Polo, membro da konpartsa Eguzkizaleak, como txupinera da Aste Nagusia 2009 [Semana Grande 2009]. O nome foi avançado pela Bilboko Konpartsak, como acontece há três décadas, e já era conhecido desde meados de Junho, mas, assim que se confirmou a sua aceitação na reunião que ontem decorreu, o PSE pediu de imediato ao PNV e à EB [Ezker Batua; Esquerda Unida na CAB] que tomassem medidas para o evitar.
O edil do PP Carlos García, que já tinha tentado impedir a designação de Polo na comissão de 1 Julho e que foi quem deu a notícia aos meios de comunicação de obediência espanhola, insistiu na ideia de que Polo não podia ser txupinera [a que lança o foguete] por ser irmã de um preso político basco, por participar em iniciativas em defesa dos seus direitos e por ir visitá-lo à prisão. García ficou sozinho nas suas pretensões, pois tanto o vereador do PSE Goyo Zurro como o da EB Jon Sustatxa, embora fazendo reparos à integrante da Eguzkizaleak, manifestaram que a aceitavam, para assim não violarem a norma estabelecida há trinta anos segundo a qual são as comparsas a propor a candidata.
Nenhuma associação civil colocou qualquer tipo de objecção, como a Associação de Comerciantes da Parte Velha ou dos colectivos de pessoas com deficiência, e nem sequer o PNV. Os jeltzales aceitaram a eleição de Sonia Polo, ao considerarem que "não podemos passar o dia todo numa caça às bruxas. Caso contrário, estaríamos prostituindo o que é a liberdade e a democracia". [Cheira a pilim de festa gorda, mas é melhor aproveitar, porque estes não estão todos os dias com um discurso tão... libertário.]
Depois é que foram elas: o porta-voz do PSE na Câmara Municipal de Bilbau, Txema Oleaga, emitiu um comunicado em que considera que Polo "não é a pessoa idónea" para lançar o txupin que dá início à Aste Nagusia. Mais ainda, Oleaga retoma argumentos de natureza ideológica utilizados pelo PP, como a alegada oposição ao TGV de Sonia Polo, a quem acusa de manter uma relação com um grupo ecologista afim à plataforma AHT Gelditu!, para arremeter contra o autarca, Iñaki Azkuna. [Irmã de um preso político e anti-TGV, a senhora é uma perdida!]
Como saída para esta situação, o PSE propôs a convocatória de uma junta de porta-vozes com o intuito de revogar a decisão tomada pela Comissão Mista de Festas, mas a iniciativa não prosperou. Então, pediu ao PNV e à EB, que dividem as tarefas de governação no Município bilbaíno, que agissem de maneira a impedir que Sonia Polo seja txupinera. "De acordo com a política delineada pelo novo governo Basco de acabar com todos os espaços de impunidade e de propaganda ao terrorismo nas nossas aldeias e cidades, os socialistas bilbaínos crêem que a Aste Nagusia é um palco fundamental para se dar a ver esta atitude", afirmou Txema Oleaga.
Esta declaração ocorre poucos dias depois de Cristina Ruiz, porta-voz do grupo municipal do PP, ter dito que a equipa de Azkuna se tinha "resignado" a aceitar a eleição de Polo e que isso representava "um êxito para esse mundo - em referência à esquerda abertzale - agora que estão a perder espaços de representação". (1) Além disso, a vereadora considerou que o bloqueio à nomeação da integrante da comparsa Eguzkizaleak não era nenhuma "caça às bruxas" mas um gesto "de cultura democrática". (2)
Agustín GOIKOETXEA
O edil do PP Carlos García, que já tinha tentado impedir a designação de Polo na comissão de 1 Julho e que foi quem deu a notícia aos meios de comunicação de obediência espanhola, insistiu na ideia de que Polo não podia ser txupinera [a que lança o foguete] por ser irmã de um preso político basco, por participar em iniciativas em defesa dos seus direitos e por ir visitá-lo à prisão. García ficou sozinho nas suas pretensões, pois tanto o vereador do PSE Goyo Zurro como o da EB Jon Sustatxa, embora fazendo reparos à integrante da Eguzkizaleak, manifestaram que a aceitavam, para assim não violarem a norma estabelecida há trinta anos segundo a qual são as comparsas a propor a candidata.
Nenhuma associação civil colocou qualquer tipo de objecção, como a Associação de Comerciantes da Parte Velha ou dos colectivos de pessoas com deficiência, e nem sequer o PNV. Os jeltzales aceitaram a eleição de Sonia Polo, ao considerarem que "não podemos passar o dia todo numa caça às bruxas. Caso contrário, estaríamos prostituindo o que é a liberdade e a democracia". [Cheira a pilim de festa gorda, mas é melhor aproveitar, porque estes não estão todos os dias com um discurso tão... libertário.]
Depois é que foram elas: o porta-voz do PSE na Câmara Municipal de Bilbau, Txema Oleaga, emitiu um comunicado em que considera que Polo "não é a pessoa idónea" para lançar o txupin que dá início à Aste Nagusia. Mais ainda, Oleaga retoma argumentos de natureza ideológica utilizados pelo PP, como a alegada oposição ao TGV de Sonia Polo, a quem acusa de manter uma relação com um grupo ecologista afim à plataforma AHT Gelditu!, para arremeter contra o autarca, Iñaki Azkuna. [Irmã de um preso político e anti-TGV, a senhora é uma perdida!]
Como saída para esta situação, o PSE propôs a convocatória de uma junta de porta-vozes com o intuito de revogar a decisão tomada pela Comissão Mista de Festas, mas a iniciativa não prosperou. Então, pediu ao PNV e à EB, que dividem as tarefas de governação no Município bilbaíno, que agissem de maneira a impedir que Sonia Polo seja txupinera. "De acordo com a política delineada pelo novo governo Basco de acabar com todos os espaços de impunidade e de propaganda ao terrorismo nas nossas aldeias e cidades, os socialistas bilbaínos crêem que a Aste Nagusia é um palco fundamental para se dar a ver esta atitude", afirmou Txema Oleaga.
Esta declaração ocorre poucos dias depois de Cristina Ruiz, porta-voz do grupo municipal do PP, ter dito que a equipa de Azkuna se tinha "resignado" a aceitar a eleição de Polo e que isso representava "um êxito para esse mundo - em referência à esquerda abertzale - agora que estão a perder espaços de representação". (1) Além disso, a vereadora considerou que o bloqueio à nomeação da integrante da comparsa Eguzkizaleak não era nenhuma "caça às bruxas" mas um gesto "de cultura democrática". (2)
Agustín GOIKOETXEA
(1) E um sistema político-judicial que a malta leve mais a sério, há? Têm?
Entretanto, hoje, representantes da actual Comissão Mista de Festas, membros das comissões de festas dos últimos 31 anos da Aste Nagusia, txupineras e pregoeiros vieram a público, em Bilbau, defender a nomeação de Sonia Polo, irmã de um preso político basco, para a função de txupinera.
Destacaram que esse cargo foi eleito pela Comissão de Festas e que a candidata foi sempre proposta pela Bilboko Konpartsak desde que a Aste Nagusia [Semana Grande] existe, há 31 anos, e afirmaram não "entender toda a agitação gerada pela nomeação de Sonia Polo para o cargo".
Subscreveram a declaração do autarca [agora tão bonzinho e democrata], Iñaki Azkuna, que quer evitar uma "caça às bruxas", e pediram ao PP e ao PSE que não utilizem a Comissão de Festas "para confrontos e tensões de natureza política, que não ajudam as festas, que não ajudam a gozar a Aste Nagusia, uma festa tão plural como a sociedade". (3)
Notícia: Gara
(3) Mas onde é que se viu o PP e o PSE defenderem algo "tão plural como a sociedade" desde que Madrid varreu a esquerda abertzale das eleições para o Parlamento da Comunidade Autónoma Basca e desde que aquela dupla "mais-à-direita-não-há" formou governo?
