quinta-feira, 30 de julho de 2009

Repressão I


O Município de Oiartzun retira as fotos dos presos provisoriamente
Na sequência da ordem dada pelo Departamento do Interior de Lakua, o Município de Oiartzun (Gipuzkoa) decidiu ontem retirar "provisoriamente" oito fotografias de presos colocadas na fachada da Câmara Municipal. Não descartam a hipótese de voltar a colocar estas imagens "quando houver oportunidade".

No âmbito da campanha iniciada por Lakua para eliminar qualquer manifestação de apoio aos presos, o Executivo tinha ordenado a este Município que retirasse as fotografias ou os cartazes da fachada num prazo de 24 horas.

Um mural no frontão
Em sessão plenária, os sete edis da esquerda abertzale aprovaram uma moção em que se decide proceder à retirada destas imagens. No texto aprovado nessa sessão, a que não assistiram os cinco vereadores da Oiartzun Bai, precisa-se que "não é um crime reivindicar os direitos dos presos". E, assim, a moção também inclui a intenção de colocar um mural a favor dos presos no novo frontão da localidade.

Fonte: Gara

A Audiência Nacional proíbe dois actos em defesa dos presos em Villabona

Auto

Anteriormente, o juiz Santiago Pedraz tinha adoptado a resolução de não vetar os actos convocados para o próximo sábado em Villabona e Ordizia (Gipuzkoa) em defesa dos presos, por entender que denunciar a dispersão dos prisioneiros não constitui um delito e que proibir ambos os actos seria violar o direito de reunião e informação. A Procuradoria recorreu, mas o magistrado indeferiu o recurso.

Então, a associação de extrema-direita Dignidad y Justicia voltou a recorrer da resolução do magistrado e o tribunal de excepção acabou proibir ambos os actos, ao ver neles "claros indícios da prática de um crime de enaltecimento ou justificação do terrorismo, ou da realização de actos que impliquem descrédito, menosprezo ou humilhação das vítimas dos crimes terroristas ou dos seus familiares".

Para que a sua resolução se cumpra, o tribunal pede "com urgência" a Pedraz que ordene ao Departamento do Interior de Lakua e às FSE que adoptem "as medidas necessárias" para evitar que os actos se levem a cabo e para "prevenir a possível prática de actos delictivos".

Fonte: Gara

Nota: perene visão enferma do conflito; o sofrimento é exclusivo a uma das partes; liberdade de reunião e de informação foi para o galheiro que foi uma beleza.