terça-feira, 1 de dezembro de 2009

É uma festa e um festival, a justiça espanhola! Garzón processa 43 militantes do Batasuna, do EHAK e da ANV

O juiz enviou o processo para a Segunda Secção da Sala Penal da Audiência Nacional espanhola, para que sejam julgados

[O juiz do «entramado» contempla a obra feita: no caso, o Egin e a Egin Irratia.]


Baltasar Garzón tornou hoje público um auto em que decreta a conclusão do sumário 4/08, com o processamento de 43 conhecidos militantes do Batasuna, do EHAK (Partido Comunista das Terras Bascas) e da EAE-ANV (Acção Nacionalista Basca), acusados de «integração em organização terrorista».

Os 43 militantes que se sentarão no banco dos réus são Txema Jurado, Eusebio Lasa, Imanol Iparragirre, Joana Regueiro, Anjel Mari Elkano, Asier Imaz, Mikel Garaiondo, Marisa Alejandro, Pernando Barrena, Arantza Santesteban, Haizpea Abrisketa, Ibon Arbulu, Karmele Aierbe, Maite Díaz de Heredia, Marije Fullaondo, Jon Kepa Garai, Mikel Etxaburu, Ana Lizarralde, Aner Petralanda, Juan Joxe Petrikorena, Patxi Urrutia, Mikel Zubimendi, Nuria Alzugarai, Egoitz Apaolaza, Iñigo Balda, Gorka Díaz, Unai Fano, Maite Fernández Labastida, Aitor Aranzabal, Joseba Zinkunegi, Alazne Arozena, Kepa Bereziartua, Ino Galparsoro, Pello Gálvez, Antxon Gómez, Gorka Murillo, Asier Arraiz, Iñaki Olalde, Juan Carlos Ramos, Sonia Jacinto, Jesús Mari Agirre, Nekane Erauskin e Karmele Berasategi.

A maior parte destes encontra-se na prisão desde a operação de Segura, em Outubro de 2007, e a de 11 de Fevereiro de 2008.

Garzón retirou do sumário Rufi Etxeberria, Juan Kurz Aldasoro e Joseba Permach, que vão ver julgados no sumário 35/02, também conhecido como «caso das herriko tabernas», que deu por concluído no dia 1 de Abril de 2008, com o processamento de 41 pessoas. [Vêem? Um festival! Mas há mais.]

Garzón processou no dia 23 de Março deste ano 44 militantes do Batasuna, da EAE-ANV e do EHAK pelas suas actividades políticas. Justificou a sua decisão argumentando que a ANV e o EHAK tinham sido «instrumentalizados pelo Batasuna, para continuar a acção criminosa desenhada pela ETA/Ekin/Batasuna através da frente institucional do complexo terrorista».

No dia 17 de Julho, o magistrado do tribunal de excepção, ex-TOP franquista, ditou um outro auto no qual processou as duas ex-deputadas do EHAK Nekane Erauskin e Karmele Berasategi, o presidente deste partido, Juan Carlos Ramos, e os seus dois tesoureiros, Jesús María Agirre e Sonia Jacinto. A causa já antes tinha estado no TSJPB, em virtude do estatuto das duas deputadas, só depois passando para as mãos de Garzón.
Fonte: lahaine.org

Ver: «A Audiência Nacional espanhola, um tribunal político e especial», de Patricia Manrique
A Audiência Nacional monopoliza as primeiras páginas dos jornais e transformou-se num actor político a que os cidadãos se vão habituando. Peritos internacionais desqualificaram reiteradamente este tribunal que cada vez assume maior protagonismo na vida política. Mas o que implica realmente a Audiência Nacional?
http://www.kaosenlared.net/noticia/audiencia-nacional-espanola-tribunal-politico-especial