terça-feira, 28 de outubro de 2008

Benito Lertxundi, entre o sombrio e a esperança


Poucos músicos, para não perguntar quais, dão sequência às linhas musicais de figuras como Benito Lertxundi, Antton Valverde, Mikel Laboa, Xabier Lete... Uma geração que vai ficando cada vez mais só e que deixa atrás de si um legado que Lertxundi ainda vai mantendo de pé. A publicação de Itsas ulu zolia, depois de uma pausa formal de seis anos, retoma o pausado ritmo criativo do músico de água e salitre, para nos deixar dez canções fiéis ao destino que aguarda a afeição a um estilo.

Apresentação completa: Gara

[Apesar de neste espaço quase sempre divulgarmos estilos musicais mais “alternativos” e bandas mais jovens, na verdade o conhecimento do panorama musical basco fez-se, para alguma da malta desta banda, por intermédio de intérpretes como Mikel Laboa ou Benito Lertxundi – que tanto ajuda a aprender euskara! – e também de cantores, tocadores e bandas como Oskorri, Kepa Junkera, Joseba Tapia, Ruper Ordorika, Pantxo eta Peio, entre outros, que tanto têm feito pela revitalização e renovação do repertório popular tradicional basco. E há ainda a experiência de contacto directo com um povo afeito à cantoria, que canta em ajuntamentos de rua, convívios, almoços. Às vezes, vai-se a andar na rua e há euskal kantak a sair de dentro de um bar, de um restaurante, debaixo de umas arcadas, sem estridências…]