Centenas de pessoas secundaram hoje a manifestação realizada em Iruñea [Pamplona] com o lema «Sententzia ileGALa, atxilotuak askatu» [a sentença é ileGAL, libertem os detidos]. Denunciaram desta forma as últimas operações policiais efectuadas contra jovens de Iruñerria [comarca de Pamplona], e exigiram a libertação dos últimos detidos.
Seguindo atrás dos veículos da polícia espanhola e da polícia municipal, cerca de 2500 pessoas secundaram a marcha que partiu às 18h00 do bairro iruindarra de Iturrama.
Jokin Azkona, pai de Ibai e Aritz, dois dos jovens detidos nas últimas semanas pela polícia espanhola e pela Guarda Civil, respectivamente, revelou que ainda não tem informação alguma sobre a situação dos últimos dois detidos – Aritz Azkona e Mikel Jiménez, ontem, nas escadarias da Audiência Nacional espanhola. Ambos se encontram nas mãos da Guarda Civil e, apesar de o juiz Grande-Marlaska lhes ter levantado a incomunicação, os familiares continuam sem nada saber sobre a sua situação.
Por isso, manifestaram a sua preocupação relativamente ao trato que os jovens possam receber nas mãos de agentes da instituição armada.
A manifestação percorreu várias ruas da capital navarra entre palavras de ordem como “Herriak ez du barkatuko” [o povo não perdoará], “Esses aí à frente torturam a gente” ou “Gazteak gara, ez terroristak” [somos jovens, não terroristas], até chegar ao bairro de Donibane, pouco depois das 19h00.
Ao som da txalaparta, companheiros dos detidos leram um comunicado em euskara e castelhano no qual estabeleceram uma comparação entre os tempos da ditadura franquista e os que se vivem actualmente em Iruñerria. Assim, vieram criticar “aqueles que se autodenominam antifranquistas e democratas, mas que olham para o lado quando se detêm jovens sem nenhuma acusação concreta”.
Afirmaram também, denunciando, que estiveram sete dias sem qualquer notícia sobre a situação dos seus companheiros, e acrescentaram que os jovens são conhecidos no seu meio pelo trabalho que fazem em actividades como as festas. “Estamos orgulhosos de vocês”, concluíram.
Anunciaram ainda diversas mobilizações para exigir a libertação dos últimos dois detidos.
Fonte: Gara