Na sequência dos incidentes que ocorreram em 2005 nas festas de Tafalla, em Junho último decorreu um julgamento contra uma jovem de Iruñea [Pamplona], acusada de ter agredido um polícia foral. Segundo consta, vários agentes deste corpo policial desataram a retirar cartazes e faixas do recinto de festas, tendo nessa altura procurado identificar uma jovem que supostamente os teria insultado. A jovem, ao tentar fugir, caiu, sendo que um dos agentes também e que – e esta é a parte mais curiosa – procurou justificar as feridas derivadas da queda com supostas agressões sofridas às mãos da jovem. Afirmou que a rapariga o atirou ao chão e que lhe deu vários pontapés. Só que agora o juiz não aceitou esta versão como credível.
Mesmo assim, é condenada
O magistrado da acusação pediu 7 meses de prisão por um delito de atentado à autoridade e 40 dias de multa à razão diária de 12 euros. Pedia ainda uma indemnização de 450 euros para o agente.
Como o juiz desacreditou a versão do agente e negou a existência de atentado à autoridade, não a condenou a tais excessos, mas sim a 250 euros de multa por insultar a polícia.
UMI ao serviço da UPN
Para o Movimento Pró-Amnistia, “ficou patente mais uma vez o modo como a polícia utiliza mentiras para tentar condenar cidadãs e cidadãos bascos. Temos que denunciar novamente a actuação de uma polícia foral que actua sob os interesses da UPN, especialmente a secção da UMI (Unidade Móvel de Intervenção), que, dia após dia, intensifica o seu trabalho de repressão.”
Fonte: Apurtu
Barañain: 11 Jovens acusados por denunciar a tortura num plenário municipal
Na sexta-feira, 11 jovens irão prestar declarações na Audiência Provincial, acusados de desordem pública. Quem os denuncia é uma figura a que já aqui fizemos referência algumas vezes, o autarca, o próprio, José Antonio Mendive.
“Enquanto Luis e Xabi eram selvaticamente torturados, enquanto Mikel e Aritz enfrentavam um mandato de busca e captura, e numa altura em que Alberto tinha sido sequestrado, depois de a Guarda Civil ter provocado um acidente rodoviário, investindo contra a sua viatura, o dia-a-dia de Barañain converteu-se numa resposta contínua a toda esta situação de excepção.
Na sessão municipal de dia 28, na presença dos 21 vereadores com representação no Município, 11 jovens apareceram para denunciar a situação de Xabi e Luis. Mostraram alguns cartazes, distribuíram panfletos e foram-se embora sem opor resistência alguma. O pleno esteve suspenso durante 3 minutos.
Há apenas três semanas, começaram a chegar as intimações para ir prestar declarações a tribunal. Enquanto isso, as denúncias de tortura e os encarceramentos sem provas constituídas continuam na ordem do dia, sem investigações nem julgamentos contra os seus responsáveis.”
Fonte: Apurtu via Lurraska
«Não nos vão parar! Força, Barañain!»