sábado, 18 de outubro de 2008

Presos políticos bascos

Paris rejeita o recurso de Filipe Bidart contra restrições impostas

O Tribunal de Apelação de Paris rejeitou o recurso do baigorriarra Filipe Bidart contra as medidas suplementares impostas à sua liberdade condicional em Maio último. Bidart, actualmente confinado à cidade occitana de Béziers, não está autorizado a participar em concentrações em frente a edifícios penais, nem a prestar declarações sobre o seu compromisso de militante, nem a falar com pessoas susceptíveis de pertencer a movimentos de defesa dos presos bascos.

Fonte: Gara

Ainda pelas boas-vindas a De Juana, cinco pessoas na AN espanhola

Cinco donostiarras compareceram na quinta-feira perante o juiz da Audiência Nacional Eloy Velasco no âmbito do caso movido contra o ex-preso político Iñaki de Juana, que tem como base a cerimónia de boas-vindas que se realizou na Alde Zaharra poucas horas depois de Iñaki ter sido posto em liberdade. Quatro dos donostiarras apresentaram-se na qualidade de testemunhas, e um quinto, Agustin Jiménez, fê-lo como acusado. Negou-se a prestar declarações. À tarde, no bairro donostiarra de Gros, 120 pessoas manifestaram-se para denunciar estas intimações.

Fonte: Gara

O burlatarra Aitor Torrea, livre depois de um ano de prisão e da morte do pai

Um ano depois de ter sido detido, o jovem de Burlata Aitor Torrea abandonou ontem a prisão de Soto del Real, onde passou o tempo de detenção. A libertação acontece depois da morte do seu pai e também depois de a polícia espanhola ter carregado contra os participantes no funeral, há uma semana. Em defesa dos direitos dos presos bascos, 85 pessoas mobilizaram-se na quinta-feira em Burlata e 25 em Berango, enquanto nos bairros da Alde Zaharra de Iruñea foram 36; 46 em Arrosadia, 50 em Txantrea e 30 em Donibane.

Fonte: Gara

A decisão sobre a euro-ordem contra Unai Fano e María Lizarraga será conhecida a 31 de Outubro

Ontem, decorreu no Tribunal de Apelação de Versalhes a audiência sobre a euro-ordem contra Unai Fano e María Lizarraga. A 31 de Outubro será conhecida a decisão.

De acordo com informações avançadas pelo Movimento Pró-Amnistia, Unai Fano fez uso da palavra durante a audiência, tendo explicado que em Euskal Herria existe um conflito político e que actualmente não há vontade para o resolver.

Por seu lado, a defesa afirmou ser “incompreensível” que se julgue estes dois jovens bascos no Estado espanhol por delitos supostamente cometidos no Estado francês.

Cerca de 20 familiares e pessoas amigas de Fano e Lizarra estiveram nas imediações do tribunal e tiveram a oportunidade de falar com eles. No final, gritaram palavras de apoio e incentivo.

Unai Fano e María Lizarraga foram detidos a 23 de Setembro na localidade francesa de Trelins, no departamento do Loire.
Dias depois, as procuradorias francesa e espanhola puseram em marcha um procedimento para poder julgar os dois cidadãos bascos no Estado espanhol.

Fonte: Gara

Iñaki Aristu, Mikel Lopez e Iker Otamendi condenados por participar na homenagem a Imanol Gomez

Os jovens Iñaki Aristu, de Txantrea, Mikel Lopez, de Burlata, e Iker Otamendi, de Gipuzkoa, foram condenados a 2 anos de prisão com pena suspensa, depois de terem sido considerados culpados de “atentado à autoridade”. Os três jovens foram detidos na homenagem ao militante da ETA Imanol Gomez, já falecido, no bairro donostiarra de Altza. E as únicas provas existentes contra eles eram os testemunhos dos agentes da Ertzaintza que também participaram nos incidentes que se seguiram à homenagem.

Há duas semanas teve lugar o julgamento na Audiência Nacional de Madrid, tendo o magistrado da acusação pedido uma pena de prisão de 5 anos, acusando os jovens bascos de criar desordens públicas e de atentado à autoridade.
O juiz retirou a acusação de desordem pública, por considerar não ser possível provar que os detidos tenham participado nos incidentes de que foram acusados. Assim, foram condenados a dois anos de prisão por atentado à autoridade.

A defesa anunciou a sua intenção de apresentar um recurso no Supremo Tribunal contra esta sentença, apesar de esta não implicar a prisão efectiva dos jovens.

«O PNV deixa o futuro da juventude nas mãos da AN»
O Movimento Pró-Amnistia veio afirmar que foi a Ertzaintza que deteve e pôs nas mãos da Audiência Nacional os três jovens, pelo facto de terem participado num acto de homenagem. “Apesar de este tribunal de excepção não ter trazido outra coisa que não fosse perseguição e sofrimento ao nosso povo, o PNV não tem qualquer problema em deixar o futuro destes jovens bascos nas mãos da Audiência Nacional espanhola”, afirmaram.

Fonte: Apurtu e Askatu