Os familiares de Ibai Azkona, Iker Araguas, Gorka Sueskun e Mikel Flamarike, detidos na terça-feira à noite em Iruñerria [comarca de Pamplona], vieram afirmar que, mediante esta nova operação, “querem vender eficácia policial”. Os jovens, que continuam em regime de incomunicação em instalações policiais, serão amanhã conduzidos à presença do juiz Fernando Grande-Marlaska.
Os familiares dos detidos recordaram que, dois dias antes das detenções, veio a público o relatório da Procuradoria estatal referente ao ano passado. Com base nele, a imprensa escrita destacou que a kale borroka tinha aumentado cerca de 170% em Nafarroa, o que convertia este herrialde na zona onde mais acções desse tipo tinham ocorrido.
O relatório teve um grande eco mediático em Nafarroa, e os familiares dos detidos referiram como, após a publicação dessas informações em diversos meios de comunicação, estas novas detenções vieram “curiosamente” a ter lugar.
Deste modo, denunciaram que, através dessa operação, querem vender “eficácia policial”.
Para além disto, criticaram o juiz por ter rejeitado o habeas corpus e a aplicação de diversas medidas para evitar o uso da tortura. Por último, referiram que não possuem qualquer informação sobre a situação dos seus parentes.
Fonte: Gara
Na Apurtu a notícia destaca sensivelmente os aspectos aqui referidos, mas reproduz com mais detalhe o conteúdo das declarações.
Refere ainda que haverá uma concentração em Larraga (terra natal de Gorka Sueskun, um dos detidos) no domingo, às 12h, e que haverá uma manifestação no sábado, dia 11, entre Iturrama e Donibane (bairros de Iruñea [Pamplona] de onde são três dos detidos).
É ainda possível ouvir excertos das declarações dos familiares, em euskara e castelhano.
No vídeo, excertos de uma das declarações.