Kepa Junkera renovou o cancioneiro popular tradicional com a colaboração de 42 grandes cantores e de 15 prestigiados músicos da Península Ibérica e das Caraíbas no seu novo disco, Etxea.
Este trabalho, apresentado ontem em Bilbau pelo próprio Junkera, junta em 20 faixas um total de 27 temas tradicionais do cancioneiro popular em euskara, interpretados tanto por artistas já consagrados e muito conhecidos do público como por jovens ou desconhecidos, e cujo prólogo foi escrito pelo Prémio Nobel da Literatura português, José Saramago, amigo do músico basco.
Junkera explicou que, neste novo disco, cedeu todo o protagonismo aos seus convidados, a quem deu total liberdade, como realçou, para interpretar as canções como melhor lhes parecesse, de tal forma que ele acaba por intervir muito pouco na maior parte dos temas e, nalguns deles, nem aparece.
Entre os músicos mais veteranos que se atreveram a contribuir com a sua pessoalíssima voz e modo de interpretação em canções “de sempre” como «Haika mutil», «Maitia nun zira» ou «Haurtxo txikia», figuram cantores da envergadura de Luis Eduardo Aute, Lluis Llach, Víctor Manuel, Ana Belén, Miguel Ríos, Miguel Bosé e María del Mar Bonet.
Com eles, músicos da movida dos anos 80 e posteriores, como Santiago Auserón, que se aventura numa canção típica das verbenas e romarias, como «Nere sentimendua», bem como Loquillo, Jaime Urrutia, Andrés Calamaro e Pau Donés.
Representantes da copla e do flamenco como Estrella Morente, Sole Giménez e Ginesa Ortega partilham canções com músicos portugueses como os guitarristas de fado António Chainho e Pedro Jóia.
De Portugal às Caraíbas
Portugal está também representado por Dulce Pontes, João Afonso e Teresa Salgueiro, e as Caraíbas pelos pianistas Michel Camino e Roberto Fonseca, aos quais se juntam outros dois pianistas, os espanhóis Chano Domínguez e Emilio Aragón.
Junkera referiu que nenhum dos artistas que convidou para participar no seu projecto lhe fez qualquer reparo, bem pelo contrário, “a ideia foi recebida com entusiasmo por todos eles e a resposta positiva, imediata”, especificou.
O músico bilbaíno reconheceu que “foi um desafio” para todos estes artistas “cantar em euskara, mas enfrentaram-no com seriedade e entusiasmo, sem preconceitos nem complexos, e divertimo-nos muito a fazê-lo”.
Na opinião de Junkera, o resultado obtido neste trabalho de mestiçagem do euskara com o estilo interpretativo pessoal dos convidados são “melodias universais do cancioneiro popular basco, que às vezes soam a fado, às vezes a copla ou flamenco e outras vezes a música latina”.
Destacou que o trabalho, apresentado em formato de CD duplo e que inclui dois livros com as letras das canções, começa com um tema em que participam a espanhola Estrella Morente e os guitarristas portugueses Chainho e Jóia, acompanhados pelos acordes da sua trikitrixa, com o que pretende resumir o espírito do disco: juntar os sons que se fazem hoje em dia na Península Ibérica.
Junkera explicou que decidiu chamar ao trabalho Etxea [casa] porque "transmite os conceitos de construir algo novo, como quando se constrói uma casa, e de tentar fazer com que os convidados participem neste projecto com prazer, como quando se convida alguém para vir a nossa casa”.
Este trabalho, apresentado ontem em Bilbau pelo próprio Junkera, junta em 20 faixas um total de 27 temas tradicionais do cancioneiro popular em euskara, interpretados tanto por artistas já consagrados e muito conhecidos do público como por jovens ou desconhecidos, e cujo prólogo foi escrito pelo Prémio Nobel da Literatura português, José Saramago, amigo do músico basco.
Junkera explicou que, neste novo disco, cedeu todo o protagonismo aos seus convidados, a quem deu total liberdade, como realçou, para interpretar as canções como melhor lhes parecesse, de tal forma que ele acaba por intervir muito pouco na maior parte dos temas e, nalguns deles, nem aparece.
Entre os músicos mais veteranos que se atreveram a contribuir com a sua pessoalíssima voz e modo de interpretação em canções “de sempre” como «Haika mutil», «Maitia nun zira» ou «Haurtxo txikia», figuram cantores da envergadura de Luis Eduardo Aute, Lluis Llach, Víctor Manuel, Ana Belén, Miguel Ríos, Miguel Bosé e María del Mar Bonet.
Com eles, músicos da movida dos anos 80 e posteriores, como Santiago Auserón, que se aventura numa canção típica das verbenas e romarias, como «Nere sentimendua», bem como Loquillo, Jaime Urrutia, Andrés Calamaro e Pau Donés.
Representantes da copla e do flamenco como Estrella Morente, Sole Giménez e Ginesa Ortega partilham canções com músicos portugueses como os guitarristas de fado António Chainho e Pedro Jóia.
De Portugal às Caraíbas
Portugal está também representado por Dulce Pontes, João Afonso e Teresa Salgueiro, e as Caraíbas pelos pianistas Michel Camino e Roberto Fonseca, aos quais se juntam outros dois pianistas, os espanhóis Chano Domínguez e Emilio Aragón.
Junkera referiu que nenhum dos artistas que convidou para participar no seu projecto lhe fez qualquer reparo, bem pelo contrário, “a ideia foi recebida com entusiasmo por todos eles e a resposta positiva, imediata”, especificou.
O músico bilbaíno reconheceu que “foi um desafio” para todos estes artistas “cantar em euskara, mas enfrentaram-no com seriedade e entusiasmo, sem preconceitos nem complexos, e divertimo-nos muito a fazê-lo”.
Na opinião de Junkera, o resultado obtido neste trabalho de mestiçagem do euskara com o estilo interpretativo pessoal dos convidados são “melodias universais do cancioneiro popular basco, que às vezes soam a fado, às vezes a copla ou flamenco e outras vezes a música latina”.
Destacou que o trabalho, apresentado em formato de CD duplo e que inclui dois livros com as letras das canções, começa com um tema em que participam a espanhola Estrella Morente e os guitarristas portugueses Chainho e Jóia, acompanhados pelos acordes da sua trikitrixa, com o que pretende resumir o espírito do disco: juntar os sons que se fazem hoje em dia na Península Ibérica.
Junkera explicou que decidiu chamar ao trabalho Etxea [casa] porque "transmite os conceitos de construir algo novo, como quando se constrói uma casa, e de tentar fazer com que os convidados participem neste projecto com prazer, como quando se convida alguém para vir a nossa casa”.